A Caçada a Lázaro - Cena 2  - Marcos De Lima/UOL
UOL Explica

Como a polícia define se vai ou não perseguir foragidos?

Por Eduardo Militão

Lázaro Barbosa, cuja busca mobiliza centenas de agentes - Reprodução

Há mais de duas semanas, uma
força-tarefa com centenas de policiais, helicópteros e drones procura Lázaro Sousa, acusado de assassinatos e roubos em Brasília, Goiás e Bahia.

Como a polícia define se vai perseguir um foragido com tanta gente? Ou manter o cerco por tanto tempo?

Reprodução
Quadrilha participou de roubos a duas cooperativas de crédito em Nova Bandeirantes (1.026 km ao norte de Cuiabá)  - Rerodução/Câmeras de Segurança

Hoje, além do "caso Lázaro", outra perseguição já dura 20 dias em Mato Grosso. Dos 11 foragidos, armados com fuzis, seis foram mortos, dois estão presos e quatro seguem sendo caçados.

Rerodução/Câmeras de Segurança
Policiais buscam em Girassol (GO) Lázaro Barbosa, suspeito de assassinar um família no DF - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Perigo à vida

Esse é o primeiro critério para colocar tanta gente armada, helicópteros e um monte de equipamento nas ruas e nas matas. É o que define se se vai ficar um dia ou um mês fazendo perseguições até cansar os criminosos.

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Armas

O segundo critério é verificar se os criminosos estão com armamentos pesados, fazem reféns ou se a ação pode, no futuro, estimular crimes violentos.
Getty Images

Quem costuma definir um "evento crítico de segurança" é o comandante do batalhão de polícia mais próximo.

Depois de duas horas sem solução, o caso costuma bater no Secretário de Segurança do estado.

Divulgação/Polícia Civil-GO

No caso do Lázaro, ele era procurado desde 2018. Mas, após a chacina em Ceilândia (DF) numa quarta-feira, 9 de junho, houve comoção nacional. No sábado seguinte, a PM do DF pediu ajuda aos colegas de Goiás.

Polícia Militar do Distrito Federal

No domingo, policiais federais apareceram, contou ao UOL um militar que estava na ação. Na segunda-feira, o Secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, foi ao Entorno de Brasília comandar a operação.

Reprodução

A ampla cobertura da imprensa pressiona as autoridades de segurança, reconhecem os policiais. As notícias são verdadeiras. Mas eles creem que o noticiário amedronta a população, que passa a mandar informações frágeis ao disque-denúncia.

Você tem alguma informação ? verdadeira ? sobre as duas perseguições?
Avise às autoridades de
Goiás (61-99839-5284) e do Mato Grosso (65-99987-0349). Não espalhe boatos.

Publicado em 25 de junho de 2021.
Edição: Clarice Cardoso

Fontes consultadas: especialistas em segurança pública do Ministério da Justiça, da PM e da Polícia Civil, investigadores das operações e pesquisador Lucélio França, autor do livro "Alpha bravo: crimes violentos contra o patrimônio".

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