Por Eduardo Militão
Há mais de duas semanas, uma
força-tarefa com centenas de policiais, helicópteros e drones procura Lázaro Sousa, acusado de assassinatos e roubos em Brasília, Goiás e Bahia.
Como a polícia define se vai perseguir um foragido com tanta gente? Ou manter o cerco por tanto tempo?
Hoje, além do "caso Lázaro", outra perseguição já dura 20 dias em Mato Grosso. Dos 11 foragidos, armados com fuzis, seis foram mortos, dois estão presos e quatro seguem sendo caçados.
Esse é o primeiro critério para colocar tanta gente armada, helicópteros e um monte de equipamento nas ruas e nas matas. É o que define se se vai ficar um dia ou um mês fazendo perseguições até cansar os criminosos.
Quem costuma definir um "evento crítico de segurança" é o comandante do batalhão de polícia mais próximo.
Depois de duas horas sem solução, o caso costuma bater no Secretário de Segurança do estado.
No caso do Lázaro, ele era procurado desde 2018. Mas, após a chacina em Ceilândia (DF) numa quarta-feira, 9 de junho, houve comoção nacional. No sábado seguinte, a PM do DF pediu ajuda aos colegas de Goiás.
No domingo, policiais federais apareceram, contou ao UOL um militar que estava na ação. Na segunda-feira, o Secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, foi ao Entorno de Brasília comandar a operação.
A ampla cobertura da imprensa pressiona as autoridades de segurança, reconhecem os policiais. As notícias são verdadeiras. Mas eles creem que o noticiário amedronta a população, que passa a mandar informações frágeis ao disque-denúncia.
Você tem alguma informação ? verdadeira ? sobre as duas perseguições?
Avise às autoridades de
Goiás (61-99839-5284) e do Mato Grosso (65-99987-0349). Não espalhe boatos.