Sonda faz maior aproximação com Plutão; veja 10 curiosidades
Do UOL , em São Paulo
14/07/2015 08h52Atualizada em 14/07/2015 22h57
Por volta da 8h49 (horário de Brasília) desta terça-feira (14), a New Horizons, sonda da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) passou a menos de 12.500 quilômetros da superfície de Plutão, ponto mais próximo que uma missão espacial chegou do planeta anão até hoje, de acordo com a agência.
A aproximação feita a uma velocidade de mais de 49.300 km/h, depois de uma viagem de 5 bilhões quilômetros, foi comemorada pelos profissionais da Nasa com palmas e gritos de "USA, USA" enquanto sacolejavam bandeirinhas dos Estados Unidos em uma sala lotada do Centro de Física Aplicada Johns Hopkins, em Maryland.
Houve um coro na contagem regressiva nos últimos dez segundos. Comentaristas da TV da Nasa chamaram a missão de "histórica" e de "uma incrível viagem".
No Twitter, a Nasa anunciou a aproximação com a mensagem: "Sim! Depois de 9 anos e 3 bilhões de milhas, @NASANewHorizons #PlutoFlyby estava lá às 7h49" (em tradução livre).
Sonda envia sinal à Terra
A Nasa recebeu os primeiros sinais da sonda New Horizons nesta terça-feira (14) às 21:53 (horário de Brasília). Os sinais que os cientistas da Nasa (agência espacial americana) receberam são os mais positivos possíveis: foram gravados dados, imagens e informações sobre a atmosfera de Plutão.
Em parte pela simplicidade, em parte por conta da economia local, os instrumentos e a antena da sonda estão presos ao corpo da espaçonave, e não em uma plataforma móvel. Isso significa que a New Horizons não é capaz de tirar fotos e conversar com a Terra ao mesmo tempo.
Os pesquisadores envolvidos acreditam que deve demorar até um ano para que a Nasa processe todas as informações captadas pela sonda. A expectativa é que já na quarta-feira (15) sejam liberadas algumas novas imagens do planeta-anão.
(Com New York Times)
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Imagem: Nasa Imagem: Nasa 1. Longe e pequeno
O planeta-anão fica a cerca de 4 bilhões de quilômetros da Terra. Ele tem cerca de 2.360 quilômetros de largura, menor que a nossa Lua. A nave espacial não tripulada passa por Plutão a uma velocidade de 49,6 mil quilômetros por hora
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Imagem: Nasa Imagem: Nasa 2. Fotos e medições
Durante a passagem, os sete instrumentos a bordo da New Horizons vão analisar Plutão e suas luas, tanto com medições topográficas quanto de composição de sua atmosfera. A chegada foi calculada para que a lua Caronte esteja do lado noturno de Plutão - ou seja, se alguém estivesse na superfície de Plutão, veria Caronte do lado escuro- e a luz da lua, refletida de Caronte a Plutão, é forte o bastante para iluminar as fotografias
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Imagem: NASA Imagem: NASA 3. Coração de Plutão
Na parte inferior direita da foto é possível enxergar um formato de coração. A imagem foi feita a 6,7 milhões de quilômetros de distância. A ideia de chegar mais próximo é conhecer melhor a formação do planeta
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Imagem: Reprodução/Twitter @dailyoverview Imagem: Reprodução/Twitter @dailyoverview 4. Vista de muito, muito perto
Alan Stern, o pesquisador chefe da missão, gosta de dizer que se a New Horizons fosse observar Manhattan, em Nova York, de uma distância similar, suas lentes telescópicas seriam capazes de observar os lagos do Central Park
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Imagem: JHUAPL/SWRI/Nasa Imagem: JHUAPL/SWRI/Nasa 5. Conhecido há 85 anos
Plutão foi descoberto pelo astrônomo Clyde W. Tombaugh há 85 anos. O Observatório Lowell, que tinha o direito de nomear o novo planeta, recebeu mais de 1.000 sugestões de nomes de todo o mundo, mas o vencedor veio de uma menina de onze anos em homenagem ao deus romano do submundo, Plutão, adequado para um objeto presumivelmente escuro e gelado
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Imagem: Nasa Imagem: Nasa 6. Vulcões de gelo em erupção
A fina atmosfera de Plutão é feita de nitrogênio e metano, com tempestades de gelo e neve. Sua superfície provavelmente tem vulcões de gelo em erupção
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Imagem: M. Brown (Caltech), C. Trujillo (Gemini), D. Rabinowitz (Yale), Samuel Oschin Telescope Imagem: M. Brown (Caltech), C. Trujillo (Gemini), D. Rabinowitz (Yale), Samuel Oschin Telescope 7. Região cheia de planetas anões
Plutão se converteu no arquétipo do que os astrônomos chamam de "terceira zona" do Sistema Solar. Além de planetas rochosos como a Terra (e Mercúrio, Vênus e Marte) e dos gigantes de gás como Júpiter (e Saturno, Urano e Netuno), é possível que existam milhões de mundos gelados dando voltas em torno do Sol no Cinturão de Kuiper. Plutão é o maior dos astros desta região
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Imagem: Antônio Gaudério/Folhapress Imagem: Antônio Gaudério/Folhapress 8. Lembranças da Terra
A New Horizons leva uma série de lembranças sentimentais da Terra, incluindo as cinzas de Tombaugh, que morreu em 1997; um CD-ROM com os nomes de 434.000 pessoas que responderam a um chamado feito pela Nasa para que as pessoas enviassem seus nomes a Plutão; algumas moedas de Maryland (onde a nave foi construída) e da Flórida (de onde foi lançada)
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Imagem: Nasa Imagem: Nasa 9. Missão durou 14 anos
Demorou muito tempo para chegar até Plutão: 14 anos desde a proposta inicial e 9 anos e meio desde que a New Horizons deixou a Terra em janeiro de 2006
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Imagem: Nasa Imagem: Nasa 10. Planeta anão, eu?
Em 2006, foi descoberto um corpo celeste mais distante que Plutão e que parecia ser maior. Ou esse mundo, chamado de Éris, em homenagem à deusa grega do caos e da discórdia, também seria considerado um planeta, ou Plutão teria que ser rebaixado. A União Astronômica Internacional então decidiu que para que um objeto fosse um planeta ele teria que puxar todos os objetos ao seu redor para sua órbita. Plutão é pequeno demais para ter muita força gravitacional, de forma que a organização criou uma nova classificação para Plutão, Éris e outros da mesma espécie: "planetas anões"