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Fóssil comprova que criatura alada é ancestral das aves modernas

Em Paris

29/05/2013 19h04

Venerado por 150 anos como um ancestral de todas as aves até ser relegado dois anos atrás à classe comum dos dinossauros alados, o arqueopterix foi restaurado nesta quarta-feira (29) ao seu lugar sagrado na árvore da vida.

Um fóssil encontrado na China demonstrou que a criatura alada era, de fato, um ancestral das aves modernas, revelou um estudo publicado na revista científica Nature.

Desde a descoberta do primeiro espécime de arqueopterix fossilizado na região alemã da Bavária, em 1861, a maioria dos cientistas evolutivos o situaram na base de um amplo grupo de proto-aves, conhecido como Avialae, do qual descendem os animais de penas.

Ele foi descoberto menos de dois anos depois da publicação de Origem das Espécies, obra-prima de Charles Darwin, no qual o naturalista britânico descreve a Teoria da Evolução, e foi durante muito tempo considerado o grande estudo de caso da transição evolutiva, dos dinossauros para as aves.

Mas em 2011, uma equipe de cientistas chineses afirmou ter descoberto outro dinossauro emplumado, e não um pássaro, que compartilhava muitas características com as do arqueopterix. Eles pegaram este dado para demonstrar que o arqueopterix nunca foi um pássaro, mas pertencia a um ramo vizinho denominado Deinonychus.

Agora, o mapa genealógico está sendo redesenhado novamente. Cientistas, também da China, anunciaram ter descoberto outra nova espécie emplumada do período Jurássico.

Uma equipe chefiada por Pascal Godefroit, do Instituto Real Belga de Ciências Naturais, batizou o novo animal de Aurornis xui e reanalisou todo o mapa de dinossauros relacionados do período.

"Obtivemos uma árvore genealógica robusta e muito bem definida", disse o paleontólogo à AFP. "Nós podemos mostrar que o arqueopterix foi, na verdade, um pássaro primitivo", afirmou. "Por enquanto, esta [Aurornis xui] é a ave mais antiga conhecida do homem", acrescentou.

O Aurornis xui viveu há cerca de 160 milhões de anos, disse Godefroit. Media cerca de 50 centímetros e "provavelmente podia correr muito rápido". "Seus dentes pequenos nos levam a concluir que era, provavelmente, um insetívoro", acrescentou o cientista.

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