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Obesidade cresce nos EUA, diz estudo

10/04/2007 16h28

Os americanos com obesidade mórbida (com 45 quilos ou mais acima do peso normal) representam o grupo de pessoas com excesso de peso que mais aumenta nos Estados Unidos, de acordo com pesquisa do instituto Rand Corporation.

Segundo pesquisa da organização, a proporção de pessoas gravemente obesas aumentou em 50% de 2000 a 2005, duas vezes mais rápido do que o aumento de pessoas com obesidade considerada moderada.

"A proporção de pessoas no alto da escala de peso continua a aumentar num ritmo rápido, apesar da crescente atenção pública para os riscos da obesidade e do crescente uso de estratégias de perda rápida de peso como a cirurgia bariátrica (cirurgia de redução do estômago)", disse Roland Sturm, autor do relatório e economista da Rand.

Para ser classificada como obesa mórbida, uma pessoa tem que ter um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m².

O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Uma pessoa que pesa 118 kg e tem 1,70 m de altura, por exemplo, tem o IMC de 40,83 kg/m².

Especialistas em saúde das Nações Unidas recomendam que o IMC fique aproximadamente entre 18,5 kg/m² e 25 kg/m².

Sturm descobriu que a proporção de americanos com IMC de 30 kg/m² ou mais aumentou em 24%, a proporção de pessoas com IMC 40 kg/m² ou mais subiu 50% e a proporção de americanos com IMC de 50 kg/m² ou mais cresceu 75%.

Gastos médicos

Os grupos mais obesos vem aumentando em ritmo mais intenso nos últimos 20 anos.

A assistência médica para adultos de meia idade com IMC supeiror a 40 kg/m² pode ser o dobro das pessoas com peso considerado normal.

Em casos de pessoas com obesidade moderada e IMC entre 30 e 35, o aumento é de apenas 25%, segundo o estudo da Rand Corporation.

O número de cirurgias bariátricas aumentou de uma estimativa de 13 mil em 1998 para mais de 100 mil em 2003, de acordo com o levantamento.

Especialistas estimam que até 200 mil cirurgias do tipo foram realizadas em 2006. Mas o aumento da popularidade desse tipo de cirurgia não teve nenhum impacto notável na tendência da obesidade mórbida, segundo Roland Sturm.