EUA descartam aceitar meta para corte de emissões no G8
Um representante do governo dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira que o país não deve aceitar um acordo que estabeleça metas para o corte de emissões de gases poluentes durante a reunião de cúpula do G8, na Alemanha.
James Connaughton, alto representante americano para o assunto, afirmou que o G8 não deve ditar as políticas dos países membros, mas acrescentou que o presidente George W. Bush tem um "forte desejo" de concretizar um plano pós-Protocolo de Kyoto.
As tensões entre os governos de Washington e Moscou também pairam sobre o encontro, já que os Estados Unidos insistem em construir bases no Leste Europeu para um sistema antimísseis.
Do lado de fora do encontro, o clima também ficou tenso, a polícia teve que usar jatos d'água para dispersar uma multidão de manifestantes.
A anfitriã do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, apresentou o objetivo, visto por muitos como ambicioso, de convencer os países mais ricos do mundo a cortar as suas emissões pela metade até 2050.
Eficiência
Merkel também quer firmar um acordo para aumentar a eficiência do uso de combustíveis em 20% e limitar o aquecimento médio do planeta a 2ºC.
No entanto, Connaughton disse nesta quarta-feira que vários países, incluindo os Estados Unidos, não vão aceitar esses compromissos.
Ele afirmou que houve progresso significativo e consenso sobre o tema mudanças climáticas. No entanto, ressalvou que os Estados Unidos não acreditam que o G8 seja o fórum apropriado para isso.
"Há um consenso significativo de que esses assuntos devem ser estabelecidos em bases domésticas, e a única desavença é que o G8 dite as políticas nacionais dos seus membros", disse.
Merkel vem se encontrando individualmente com os líderes do grupo que reúne os sete países mais industrializadas do mundo e a Rússia.
Proposta americana
Antes do encontro, Bush disse que, em vez de apoiar os cortes nas emissões, ele prefere o plano proposto pelo governo americano.
A proposta dos Estados Unidos prevê um encontro ainda neste ano entre os maiores poluidores do planeta, incluindo os próprios americanos, a China e a Índia, para traçar uma nova estratégia de longo prazo sobre a questão.
Ativistas contra a pobreza também querem ver avanços no encontro do G8. Na noite desta quarta-feira, Bush e a esposa, Laura, devem se encontrar com os astros da música pop Bono, do U2, e Bob Geldof, organizador do Live8, para discutir formas de combater a pobreza na África.
James Robbins, analista de diplomacia da BBC, afirma que os encontros entre os líderes dos países mais ricos do mundo sempre são problemáticos, mas o deste ano parece especialmente complicado.
Segundo Robbins, Angela Merkel vai ter de tomar a difícil decisão sobre até que ponto as questões mais polêmicas podem ser levadas.
James Connaughton, alto representante americano para o assunto, afirmou que o G8 não deve ditar as políticas dos países membros, mas acrescentou que o presidente George W. Bush tem um "forte desejo" de concretizar um plano pós-Protocolo de Kyoto.
As tensões entre os governos de Washington e Moscou também pairam sobre o encontro, já que os Estados Unidos insistem em construir bases no Leste Europeu para um sistema antimísseis.
Do lado de fora do encontro, o clima também ficou tenso, a polícia teve que usar jatos d'água para dispersar uma multidão de manifestantes.
A anfitriã do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, apresentou o objetivo, visto por muitos como ambicioso, de convencer os países mais ricos do mundo a cortar as suas emissões pela metade até 2050.
Eficiência
Merkel também quer firmar um acordo para aumentar a eficiência do uso de combustíveis em 20% e limitar o aquecimento médio do planeta a 2ºC.
No entanto, Connaughton disse nesta quarta-feira que vários países, incluindo os Estados Unidos, não vão aceitar esses compromissos.
Ele afirmou que houve progresso significativo e consenso sobre o tema mudanças climáticas. No entanto, ressalvou que os Estados Unidos não acreditam que o G8 seja o fórum apropriado para isso.
"Há um consenso significativo de que esses assuntos devem ser estabelecidos em bases domésticas, e a única desavença é que o G8 dite as políticas nacionais dos seus membros", disse.
Merkel vem se encontrando individualmente com os líderes do grupo que reúne os sete países mais industrializadas do mundo e a Rússia.
Proposta americana
Antes do encontro, Bush disse que, em vez de apoiar os cortes nas emissões, ele prefere o plano proposto pelo governo americano.
A proposta dos Estados Unidos prevê um encontro ainda neste ano entre os maiores poluidores do planeta, incluindo os próprios americanos, a China e a Índia, para traçar uma nova estratégia de longo prazo sobre a questão.
Ativistas contra a pobreza também querem ver avanços no encontro do G8. Na noite desta quarta-feira, Bush e a esposa, Laura, devem se encontrar com os astros da música pop Bono, do U2, e Bob Geldof, organizador do Live8, para discutir formas de combater a pobreza na África.
James Robbins, analista de diplomacia da BBC, afirma que os encontros entre os líderes dos países mais ricos do mundo sempre são problemáticos, mas o deste ano parece especialmente complicado.
Segundo Robbins, Angela Merkel vai ter de tomar a difícil decisão sobre até que ponto as questões mais polêmicas podem ser levadas.