Nasa projeta nova roupa espacial com banheiro embutido
Para tirar do papel o plano de executar missões espaciais que vão muito além da baixa órbita terrestre, a Nasa –agência espacial norte-americana-- ainda precisa vencer muitos desafios. E um deles é o "cocô espacial". Como os astronautas podem aliviar suas necessidades com o traje espacial?
Até o momento, a solução tem sido a boa e velha fralda, que se torna inviável em viagens mais longas. A ideia, portanto, é criar uma nova roupa espacial com um banheiro embutido.
Batizado de OCSSS (Orion Crew Survival Systems Suits), o novo traje será usado por astronautas da nave espacial Orion, que ainda não é grande o suficiente para suportar uma viagem de nove meses para Marte, mas pode voltar a levar o homem para Lua.
Para garantir segurança maior aos astronautas, principalmente em casos de emergência, a agência quer que as roupas garantam aos profissionais uma autonomia por até seis dias --o que significa que eles teriam que conseguir comer, urinar e defecar sem tirá-las.
É uma funcionalidade que não faz parte dos trajes espaciais da Nasa desde a era Apollo (missão para Lua), mas, como adiantou o engenheiro da Nasa Kirstyn Johnson, em entrevista à Space.com, o novo sistema de eliminação de resíduos das roupas provavelmente terá muito em comum com os usados na década de 1970.
A Nasa também lançou um concurso em outubro de 2016, para buscar ajuda de fora. Cerca de 20 mil pessoas do mundo inteiro apresentaram mais de 5 mil ideias de protótipos de roupas que permitem armazenar os dejetos humanos (urina, fezes e menstruação). Em fevereiro de 2017, a agência selecionou três deles.
Mas, segundo Johnson, todos os protótipos precisam de um desenvolvimento adicional para descobrir como integrá-los na roupa. "Não havia nada que pudéssemos usar com bastante rapidez no programa Orion", disse ele. "Portanto, estamos meio gravitando de volta para o que os astronautas usaram durante a missão Apollo", completou.
Para a coleta de urina, os tripulantes da missão da década de 1970 usavam cateteres que se encaixavam no pênis como um preservativo, com um tubo no final para recolher o líquido. Já as fezes eram feitas em sacolas que faziam parte do traje de voo, que "era extremamente rudimentar e propenso a falhas", explicou o engenheiro. Para que defecassem pouco durante a missão, os astronautas foram submetidos inclusive a uma dieta especial.
Outro desafio da Nasa é fazer um sistema de coleta de urina para mulheres. Os engenheiros, segundo Johnson, estudam implantar uma espécie de tubo a vácuo de baixa intensidade capaz de coletar a urina com maior conforto.
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