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Leonardo Sakamoto

Embaixada do Brasil em Madri fecha as portas após "festa da covid"

Madri enfrenta uma segunda onda de covid-19 que colocou a capital espanhola em alerta  - GABRIEL BOUYS/AFP
Madri enfrenta uma segunda onda de covid-19 que colocou a capital espanhola em alerta Imagem: GABRIEL BOUYS/AFP

Colunista do UOL

28/01/2021 09h27

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Após um surto de covid-19 em uma festa na Embaixada em Madri, o serviço diplomático brasileiro fechou as portas na capital da Espanha.

Um dos funcionários, que estava com coronavírus, participou de uma recepção na residência oficial do embaixador que reuniu mais de 30 pessoas, segundo afirmaram fontes diplomática à coluna.

"Ele contou que estava doente apenas no dia seguinte à festa, o que causou pânico", disse uma delas.

O embaixador Pompeu Andreucci Neto convocou diplomatas por um motivo corriqueiro: a despedida de um colega, transferido para outro posto, segundo os ouvidos.

Em resposta a um pedido de informação sobre a festa e o fechamento da representação brasileira na capital espanhola, o Ministério das Relações Exteriores informou que um servidor testou positivo no dia 23 e entrou imediatamente em quarentena.

E "de modo a resguardar os demais servidores e contratados locais da embaixada, o posto passou para regime de trabalho remoto a partir da segunda-feira, 25 de janeiro, e deverá assim permanecer até o dia 8 de fevereiro".

De acordo com o Itamaraty, "ficarão preservadas as atividades essenciais da embaixada nesse período". O prédio passará por um "processo higienização". Não houve comentários sobre a festa.

Devido ao agravamento da covid-19, Madri vive uma limitação de reunião a pessoas em um mesmo domicílio que não sejam moradores, proibição de festas e toque de recolher.

O prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida, deu uma dura declaração ao jornal espanhol El País, no dia 22 de janeiro, criticando a realização de reuniões durante a segunda onda da pandemia. "Chegou a hora de dizer chega às festas ilegais" porque "a cidade de Madrid não merece ver o seu nome sujo por este bando de irresponsáveis".

Pela Convenção de Viena, embaixadas são imunes a punições como aquelas previstas em decretos e leis nacionais de combate ao covid. "Mas pega mal", avaliou um diplomata.