Ao tomar posse como ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski terá de se equilibrar numa balança com um peso-pesado da política nacional que é seu velho conhecido, Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Com a Polícia Federal sob sua alçada, o novo ministro lidará com investigações das mais sensíveis sobre figuras que vão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), alvo mais recente, até o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos. Os inquéritos têm um denominador comum: a relatoria de Moraes no Supremo.
O ministro da Justiça não tem ingerência sobre investigações da PF, mas está hierarquicamente acima da corporação e deve zelar por seu pleno funcionamento.
Dias de alta voltagem na PF
Os últimos dias já serviram para começar a mudar as peças de lugar no tabuleiro. A Polícia Federal deflagrou operação de busca e apreensão em endereços do vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente. As ações foram autorizadas por Moraes.
Lewandowski não se pronunciou publicamente, e mesmo na cúpula da PF não se viram gestos claros do novo ministro em relação às investigações.
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