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É falso que Moraes tenha comprado oito imóveis por R$ 4 milhões cada

24.nov.2022 - É falso que o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tenha comprado oito imóveis, com valor médio de R$ 4 milhões - Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook
24.nov.2022 - É falso que o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tenha comprado oito imóveis, com valor médio de R$ 4 milhões Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

24/11/2022 12h49

É falso que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, tenha comprado oito imóveis, com valor médio de R$ 4 milhões. Posts mentirosos que circulam nas redes sociais afirmam que a suposta aquisição do juiz seria incompatível com o seu salário de R$ 39 mil, sugerindo ilegalidades por parte de Moraes.

O que diz o post. "Ele é funcionário público, que tal darmos 5 dias para ele explicar a origem do dinheiro para comprar oito imóveis, ao valor médio de 4 milhões [de reais] cada. Com salário de R$ 39 mil". A postagem vem acompanhada de print de mensagem de Whatsapp que possui o recado "encaminhada com frequência" e que pede para que a desinformação seja compartilhada.

A postagem, no entanto, confunde informações divulgadas em matéria do Buzzfeed de 2017, que diz que Moraes, entre 2006 e 2009, comprou oito imóveis, por um total de R$ 4,5 milhões -o que daria um preço médio de R$ 562.500.

A reportagem, na época, não encontrou evidências de que a origem do dinheiro de Moraes era ilegal. O ministro enviou nota para o Buzzfeed dizendo que "todos os imóveis foram adquiridos com os vencimentos de promotor de Justiça, professor universitário e a venda de mais de 700 mil livros" e que estava "tudo devidamente registrado no Imposto de Renda".

Carreira. Na época das aquisições, de 2006 à 2009, o presidente do TSE trabalhou em dois lugares diferentes. De 2005 à 2007, Moraes ocupava uma vaga no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Entre 2007 e 2010, trabalhou na Prefeitura de São Paulo, no governo de Gilberto Kassab (DEM), onde era considerado um supersecretário —já que acumulava os cargos de presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), da SPTrans (São Paulo Transporte) e de secretário de Serviços e de Transportes.

O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.

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