Qual é a pior cidade brasileira para mulheres?
A cidade de Marabá, no Estado do Pará, é a que apresenta os piores índices de longevidade, educação e renda para as mulheres. O dado é do relatório Desenvolvimento Humano para Além das Médias, apresentado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta quarta (10).
De acordo com o levantamento, Marabá apresenta o menor IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) das mulheres entre as cidades brasileiras consideradas no estudo: 0,657. Na mesma cidade, o IDHM dos homens é de 0,671.
O IDHM é um número que varia entre 0 e 1: quanto mais próximo de 1, maior é o desenvolvimento humano encontrado. O índice pode ser ainda categorizado dentro de cinco faixas: muito baixo (0 a 0,499), baixo (0,500 a 0,599), médio (0,600 a 0,699), alto (0,700 a 0,799) e muito alto (0,800 a 1).
Em segundo lugar no ranking de piores cidades para mulheres, aparecem empatadas as cidades de Ribeirão das Neves (MG) e Belford Roxo (RJ), com IDHM feminino de 0,673. Em seguida, Caruaru (PE) e Camaçari (BA) ocupam, também empatadas, a terceira posição, com IDHM das mulheres de 0,676.
A melhor cidade brasileira para mulheres é Florianópolis (SC), com IDHM das mulheres de 0,825. Na capital catarinense, o IDHM dos homens é de 0,862.
Desigualdade entre homens e mulheres
Em geral, os dados do IDHM das mulheres variam entre faixas de valores semelhantes às dos homens --a exceção aparece quando se fala em renda, já que a variação do faturamento dos homens é maior do que a das mulheres.
Em 2010, o rendimento médio para a população feminina com mais de 18 anos variou de R$ 626,78, em Caucaia (CE), a R$ 2.167,20, em Vitória (ES). Para os homens, a renda foi de R$ 814,45, também em Caucaia (CE), para R$ 3.242,24, em Niterói (RJ).
Os indicadores ainda mostram que, mesmo ganhando menos, as mulheres apresentam índices educacionais melhores. Além de estudar mais, já que 56,7% das mulheres com mais de 18 anos têm ensino fundamental completo, contra 53% dos homens, elas apresentam maior adequação idade-série: 0,730 contra 0,657 dos homens.
As mulheres também vivem mais. A esperança de vida delas variou entre 76,4 anos, em Petrolina (PE), a 82,5 anos, em Blumenau (SC). Para os homens, a oscilação foi de 67,3 anos, em Marabá (PA), para 74,7 anos, também em Blumenau (SC).
Veja outros destaques do levantamento:
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Porto Alegre lidera desigualdade entre negros e brancos
Enquanto o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) da população negra na capital gaúcha é de 0,705, o da população branca é de 0,833 --diferença de 18,2%, a maior encontrada entre as cidades consideradas no relatório.
A cidade de Ribeirão das Neves (MG), por outro lado, é a que apresenta a menor desigualdade entre negros e brancos, com diferença percentual de 3,1% --enquanto o IDHM da população negra é de 0,680, o da população branca é de 0,701. -
Renda urbana e rural
De acordo com as análises do Ipea, a renda domiciliar per capita média da população urbana, que é de R$ 882,6, é quase duas vezes maior do que a da população rural, de R$ 312,7. A escolaridade nos centros urbanos também é maior do que nas áreas rurais: 60% da população urbana com mais de 18 anos possui o ensino fundamental completo, contra apenas 26,5% da população rural.
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Regiões metropolitanas
Considerando apenas as regiões metropolitanas, a maior diferença percentual entre o IDHM da população negra e o IDHM da população branca, em 2010, foi observada na RM Grande Vitória, onde o IDHM branco era 13,9% superior ao IDHM negro. Em seguida, aparecem a RM de Salvador (13,8%) e a RM de Curitiba (13,3%).
Já a RM de Manaus é a região metropolitana brasileira mais desigual entre as populações urbanas e rural, com um IDHM urbano 31,3% superior ao IDHM rural. Em seguida, aparecem a RM de Natal (30,2%) e a RM de Recife (27,9%).
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