Técnicos buscam informações sobre transmissão da gripe suína a partir dos animais

Um grupo formado por representantes da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), técnicos de saúde do México, dos Estados Unidos e da América Central investigam no México - primeiro país onde a doença foi registrada - a possibilidade de a gripe suína ser transmitida do animal para os seres humanos. No entanto, ainda não se encontrou provas de que isso possa ocorrer.

"A FAO reconhece que o problema é de saúde pública humana. Não existem evidências de transmissão da doença por parte dos suínos aos humanos. Isso é importante ressaltar, para evitar o pânico na população e evitar efeitos econômicos na produção de suínos, já que o Brasil é um grande produtor e exportador. É necessário não tomar medidas apressadas até contar com o resultado dessa avaliação", afirmou o representante da FAO no Brasil, José Carlos Tubino.

O gerente da unidade de doenças transmissíveis da Opas (Organização Pan-americana de Saúde), Rubén Figueiroa, destacou que os casos suspeitos já registrados apontam apenas para a transmissão do vírus entre seres humanos.

"Cada um dos casos tem um procedimento de investigação individual que está sendo feito em todos os países com base em uma metodologia padronizada para o mundo todo. O resultado dessas investigações é que não temos uma só evidência de transmissão do porco para os humanos. São todos de transmissão entre humanos. Inclusive, a prova recente é que um dos casos da Espanha foi de uma pessoa que não viajou. É um caso típico que tem origem na transmissão de outra pessoa".

Com estas informações, os representantes dos organismos da ONU (Organização das Nações Unidas) ressaltaram que não há restrições para o consumo de carne suína ou qualquer outro alimento. Além de verificar se pode haver uma relação de contágio entre o porco e o ser humano, os técnicos também vão investigar como ocorreu a mutação do vírus.