Foragido há 18 anos, pai de Eloá Pimentel é preso em Maceió
Atualizado às 17h57
Depois de ser preso pela Polícia Civil de Alagoas na tarde desta segunda-feira (28), o ex-cabo Everaldo Pereira dos Santos, pai da jovem Eloá Pimentel (morta pelo ex-namorado no mais longo caso de cárcere privado da história do país), afirmou em entrevista coletiva que nunca praticou assassinatos na vida e que é vítima de armação. "Eu era um integrante da Polícia Militar e nunca matei ninguém. Até hoje só existe o dedo apontador sobre mim, sem nenhuma prova", afirmou.
Everaldo foi preso durante operação nesta manhã no conjunto Graciliano Ramos, periferia de Maceió. Ele estava na casa de uma cunhada e era foragido do Estado há 18 anos.
Aparentando estar assustado e afirmando passar mal, ele disse ainda que se considera uma "arquivo vivo" e teme ser assassinado num presídio alagoano. "Tem muita gente querendo me matar. Tenho medo de morrer", admitiu.
O ex-cabo também negou qualquer envolvimento com atos criminosos no Estado de São Paulo, como chegou a ser acusado pela Polícia Civil logo após a morte da filha. "Eu tinha dois empregos lá em Santo André. Trabalhava 12 horas por dia como segurança não tinha como formar quadrilha", disse.
Sobre a morte de Eloá, Everaldo voltou a dizer que Lindemberg (ex-namorado e assassino de Eloá) era "como um filho". "Aquilo foi uma tragédia. Minha filha era uma dádiva de Deus. Aquilo acabou com a minha vida, me desestruturou. Passei a ter problemas de saúde. Mas minha família está unida e está comigo", disse, informando que ainda não havia conversado com sua esposa após a prisão.
Fuga do país
Segundo a Polícia Civil de Alagoas, Everaldo chegou a fugir do país depois da morte da filha. "Ele passou por vários locais. Pela Bolívia nós tínhamos certeza, e ele já nos confirmou. Outros locais também serão apontados por ele", afirmou o delegado José Edson, diretor-adjunto da Polícia Civil. O local onde Everaldo ficará preso não foi informado.
O delegado informou ainda que a prisão de Everaldo contou com oito viaturas e 15 policiais. "Everaldo estava na casa de uma cunhada, não estava armado. Ao ver a chegada da Polícia, ainda tentou fugir pulando o muro, mas invadimos a casa e o prendemos", explicou.
Edson afirmou ainda que o ex-cabo pode ser beneficiado pelo programa de delação premiada. , já que a prisão dele deve ajudar a esclarecer vários crimes no Estado. "Se ele se enquadrar, vamos oferecer o benefício. Ele tem muito a falar e pode nos ajudar a esclarecer vários crimes. E nós vamos investigar, seja quem for",informou.
Para o secretário de Estado de Defesa Social, Paulo Rubim, a prisão de Everaldo "lavou a alma" da Polícia. "Quando tivemos a informação do acontecimento com a filha dele, fizemos uma mobilização, pedimos apoio à polícia de São Paulo, à Polícia Federal. Tivemos apoio, mas não conseguimos. Passou então a ser uma questão de honra prendê-lo. E hoje conseguimos", disse.
Em outubro, Everaldo foi julgado e condenado a 33 anos de cadeia pelas mortes do delegado Ricardo Lessa e seu motorista, Antenor Carlota, ocorridas em 1991.
Ainda segundo a polícia, ele é suspeito de ter cometido pelo menos quatro assassinatos no Estado e integrar um grupo conhecido como "gangue fardada", que que atuou em Alagoas no final dos anos 80 e no início dos 90.
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Ex-PM, pai de Eloá Pimentel estava foragido há 16 anos
Everaldo foi preso durante operação nesta manhã no conjunto Graciliano Ramos, periferia de Maceió. Ele estava na casa de uma cunhada e era foragido do Estado há 18 anos.
Aparentando estar assustado e afirmando passar mal, ele disse ainda que se considera uma "arquivo vivo" e teme ser assassinado num presídio alagoano. "Tem muita gente querendo me matar. Tenho medo de morrer", admitiu.
O ex-cabo também negou qualquer envolvimento com atos criminosos no Estado de São Paulo, como chegou a ser acusado pela Polícia Civil logo após a morte da filha. "Eu tinha dois empregos lá em Santo André. Trabalhava 12 horas por dia como segurança não tinha como formar quadrilha", disse.
Sobre a morte de Eloá, Everaldo voltou a dizer que Lindemberg (ex-namorado e assassino de Eloá) era "como um filho". "Aquilo foi uma tragédia. Minha filha era uma dádiva de Deus. Aquilo acabou com a minha vida, me desestruturou. Passei a ter problemas de saúde. Mas minha família está unida e está comigo", disse, informando que ainda não havia conversado com sua esposa após a prisão.
Fuga do país
Segundo a Polícia Civil de Alagoas, Everaldo chegou a fugir do país depois da morte da filha. "Ele passou por vários locais. Pela Bolívia nós tínhamos certeza, e ele já nos confirmou. Outros locais também serão apontados por ele", afirmou o delegado José Edson, diretor-adjunto da Polícia Civil. O local onde Everaldo ficará preso não foi informado.
O delegado informou ainda que a prisão de Everaldo contou com oito viaturas e 15 policiais. "Everaldo estava na casa de uma cunhada, não estava armado. Ao ver a chegada da Polícia, ainda tentou fugir pulando o muro, mas invadimos a casa e o prendemos", explicou.
Edson afirmou ainda que o ex-cabo pode ser beneficiado pelo programa de delação premiada. , já que a prisão dele deve ajudar a esclarecer vários crimes no Estado. "Se ele se enquadrar, vamos oferecer o benefício. Ele tem muito a falar e pode nos ajudar a esclarecer vários crimes. E nós vamos investigar, seja quem for",informou.
Para o secretário de Estado de Defesa Social, Paulo Rubim, a prisão de Everaldo "lavou a alma" da Polícia. "Quando tivemos a informação do acontecimento com a filha dele, fizemos uma mobilização, pedimos apoio à polícia de São Paulo, à Polícia Federal. Tivemos apoio, mas não conseguimos. Passou então a ser uma questão de honra prendê-lo. E hoje conseguimos", disse.
Em outubro, Everaldo foi julgado e condenado a 33 anos de cadeia pelas mortes do delegado Ricardo Lessa e seu motorista, Antenor Carlota, ocorridas em 1991.
Ainda segundo a polícia, ele é suspeito de ter cometido pelo menos quatro assassinatos no Estado e integrar um grupo conhecido como "gangue fardada", que que atuou em Alagoas no final dos anos 80 e no início dos 90.
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