Após tremores, Defesa Civil condena pelo menos 13 casas em Alagoinha (PE)
Dados preliminares da Codecipe (Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco) apontam que os tremores de terra em Alagoinha (a 225 km de Recife) comprometeram a estrutura de pelo menos 13 casas no sítio Carrapicho, na zona rural do município. O local teria sido o mais afetado pela série de abalos sísmicos que estão sendo registrados no município desde o início do mês.
No local, a maioria das casas não é construída com cimento, e sim barro e tijolos. Por conta da fragilidade, até o momento, três famílias tiveram que abandonar suas casas e foram para abrigos públicos, por conta do risco de desabamento.
Outros pontos da cidade ainda estão sendo visitados pela Codecipe e pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco, que vão elaborar um relatório de avaliação de danos e riscos. “Já verificamos que foram danos mínimos, apenas fissuras nas casas. Estamos mapeando e iremos recuperá-la”, explicou o coordenador da Codecipe, Ivan Ramos.
Uma das casas mais afetadas é a da aposentada Alzira Barbosa Silva, 83, que, segundo a Defesa Civil, terá que ser reconstruída. A residência dela apresenta várias rachaduras nas paredes. “Acordei de madrugada e fui até a janela. Foi quando deu um estrondo tão grande que pensei que ia derrubar a casa”, contou. A prefeitura já providenciou abrigo para as famílias afetadas.
Nesta quinta-feira (11), o governador Eduardo Campos (PSB) visitou a cidade para ver de perto os danos causados e tentar acalmar a população. O governo do Estado prometeu ajudar na reconstrução das casas afetadas e distribuir em breve uma cartilha ilustrada com informações sobre os tremores e procedimentos de segurança que devem ser adotados pela população.
“Depois do relatório de danos, vamos liberar, de forma emergencial, o dinheiro que será utilizado nas obras de reforma e construção das novas casas”, afirmou Campos.
Tremores cessam
Segundo o Laboratório de Sismologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), até as 19 horas desta sexta-feira (12), foi registrado apenas um pequeno tremor, por volta das 15 horas, na cidade. A equipe de técnicos deixou o local, após três dias de levantamento de dados.
Segundo o técnico em sismologia, Eduardo Menezes, que esteve em Alagoinha, a ausência de tremores não significa que a cidade está imune a novas ocorrências. “Essa diminuição da atividade sísmica é natural e já era esperada, mas não quer dizer que vá parar de acontecer. Não se podem fazer muitas previsões sobre novos eventos. As pessoas terão que se acostumar a conviver com os tremores”, explicou.
A cidade, com 15 mil habitantes, está sendo monitorada pela UFRN – instituição responsável pela análise de tremores de terra no Nordeste. Nas próximas semanas, o município deve receber seis sismógrafos, quando será possível fazer uma análise do que está causando os abalos sísmicos na cidade.
Até esta quinta-feira (11), a cidade tinha registrado 60 tremores desde o início do mês. O município, até então, nunca havia registrado abalos sísmicos.
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