Metroviários do DF prometem trabalhar com apenas 30% da capacidade hoje; greve segue por tempo indeterminado

Depois de mais uma reunião sem acordo entre os metroviários e representantes da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, os funcionários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. De acordo com o sindicato dos trabalhadores, apenas 30% dos trabalhadores estarão nesta terça-feira (23) à disposição do Metrô.

Os metroviários entenderam que proposta do governo foi “insuficiente” e mantiveram a contraproposta apresentada em audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho no dia 16 março, quando baixaram de 120% para 60% o reajuste salarial. Na última sexta-feira (19), o governo do Distrito Federal ofereceu a contraproposta definitiva de 6,5% em abril e mais 6,5% em setembro, além de aumentos nos auxílios alimentação, creche e no plano de saúde.

Segundo representante da Secretaria de Relações Sindicais do SindMetrô-DF, Marcelli Motta, a “gota d’água” para a falta de acordo foi a suspensão do recebimento de uma parcela de R$ 210, 00 para cerca de um terço dos funcionários concursados (aproximadamente 300 trabalhadores) – aqueles que realizavam atividades na bilheteria e passaram a cumprir atividades de estação. O Metrô se recusa a voltar a pagar este valor.

Hoje, o Metrô tem 1.100 funcionários, entre agentes de estação, inspetor de segurança e pilotos.

Veja as diferenças entre as duas propostas:

Auxílio-creche

• Metrô oferece aumento de R$ 121,80 para R$ 133
• Funcionários pedem aumento de R$ 121,80 para R$ 300

Vale-alimentação

• Metrô oferece aumento de R$ 20,45 para R$ 24
• Funcionários pedem de aumento de R$ 20,45 para R$ 30

Reembolso no plano de saúde

• Metrô oferece aumento de R$ 133 para R$ 145. (cerca de 10%)
• Funcionários pedem de aumento de R$ 133 para R$ 172 (cerca de 30%)

Gratificação

• Metrô oferece aumento de 13% no salário da área operacional
• Funcionários pedem de aumento 30% (já em abril)