Malta diz que morte de acusado de assassinatos em Luziânia (GO) não altera investigações de CPI
A morte ontem (18) do pedreiro Adimar de Jesus Silva numa cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) em nada muda o calendário aprovado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia. Na semana passada, a CPI aprovou convites e convocações de pessoas envolvidas no processo de liberdade do pedreiro, responsável pelo assassinato de seis jovens no município goiano de Luziânia.
“Nosso objetivo, com os depoimentos, é evitar que aconteça novamente esse tipo de barbaridade” disse à Agência Brasil o presidente da comissão, Magno Malta (PR-ES). Entre os convidados para dar explicações à CPI está o juiz da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Luiz Carlos de Miranda, que colocou em liberdade Adimar de Jesus Silva.
Magno Malta preferiu não se pronunciar ao ser perguntado se o suicídio do pedreiro complicava ainda mais a situação da psiquiatra Ana Cláudia Sampaio, que emitiu laudo favorável à concessão da liberdade ao pedreiro. “Nós vamos ouvi-la, ela deve ter tido suas razões, mas que houve um erro muito grave, isso houve.”
O senador acrescentou que o episódio mostra que a promotora da Vara de Execução das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal, Maria José Miranda, tinha razão neste caso. Ela foi, segundo ele, a única pessoa que, ao conversar com Adimar de Jesus, percebeu que ele tinha problemas mentais. Além disso, teria redigido de próprio punho um parecer ao juiz no qual pontuou argumentos contrários à libertação de Adimar de Jesus.
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