MP levará 15 dias para analisar inquérito sobre a morte de Rafael Mascarenhas
A promotora Marisa Paiva, do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, levará pelo menos 15 dias para analisar o inquérito concluído pela Polícia Civil nesta quinta-feira (2), que investigou as circunstâncias do atropelamento que matou o músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães. O MPE poderá oferecer à Justiça as denúncias apontadas pela investigação ou pedir novas diligências à polícia.
Dirigido por Bárbara Lomba, delegada titular da 15ª DP (Gávea), o inquérito indiciou Rafael Bussamra, o motorista do veículo que atingiu o filho da atriz, por homicídio doloso (com intenção de matar) e mais três crimes: fraude processual (adulteração de provas), corrupção ativa e fuga do local do crime. Somadas as penas, Rafael Bussamra pode ser condenado a até 34 anos de reclusão.
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Gabriel Henrique Ribeiro, motorista do outro carro que participava do “racha”, também foi indiciado por homicídio doloso e fuga do local do crime. Roberto Martins Bussamra, pai de Rafael, foi denunciado por corrupção ativa e fraude processual. Seu filho mais novo, Guilherme Bussamra, também foi indiciado por fraude. Os dois foram responsáveis por levar o carro dirigido por Rafael no atropelamento até um funileiro, com a intenção de suprimir as evidências do acidente.
Bárbara Lomba fundamentou a decisão de indiciar Rafael e Gabriel por homicídio doloso sobre fortes indícios de que os carros estavam disputando um “racha” dentro do túnel, o qual estava interditado naquele horário. A investigação concluiu que os condutores tinham conhecimento da interdição do túnel. Exames periciais feitos pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) no carro de Rafael Bussamra e no local do acidente concluíram que o veículo andava em alta velocidade. No momento do atropelamento, a velocidade era de aproximadamente 100 km/h.
Corrupção ativa
Lomba entendeu que, apesar de alegarem sentir-se ameaçados pelos policiais militares com quem tiveram contato após o atropelamento, Rafael Bussamra e seu pai tiveram tempo suficiente de desfazer a situação e denunciar a ameaça. Porém, eles deram prosseguimento ao acordo da propina, chegando inclusive a entregar uma parte do dinheiro.
O sargento Marcelo Leal e o cabo Marcelo Bigon respondem na Justiça Militar por corrupção passiva, falsidade ideológica (por terem alterado dados do ocorrido no registro da ocorrência) e descumprimento de missão (por terem saído da área de seu batalhão sem autorização).
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