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Secretaria de Saúde nega falta de infraestrutura na maternidade Leonor

Fachada da maternidade Leonor Mendes de Barros, na zona leste de São Paulo - Rogério Cassimiro/UOL
Fachada da maternidade Leonor Mendes de Barros, na zona leste de São Paulo Imagem: Rogério Cassimiro/UOL

Arthur Guimarães<br>Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

15/09/2010 08h00

Em nota oficial, a Secretaria Estadual de Saúde comentou os relatos de falta de infraestrutura na maternidade Leonor Mendes de Barros, na zona leste de São Paulo. Os médicos do hospital reclamam da ausência de uma UTI materna, de falta de materiais básicos e da superlotação dos leitos dos recém-nascidos.

Segundo o órgão, "não há falta de material no Hospital Leonor Mendes de Barros". A secretaria diz que "o hospital recebe sistemáticas visitas auditadas pela Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria da Fazenda, Tribunal de Contas do Estado e Corregedoria da Casa Civil, do Cremesp e do Coren, atestando regularidade nos estoques de materiais e qualidade de atendimento oferecido pela unidade".

A secretaria também rebate a crítica de que uma UTI materna faz falta na unidade, apesar de o próprio diretor da unidade já ter assumido publicamente que conhece tal carência na maternidade, como informou um conselheiro estadual de Saúde. "Não procede a afirmação de que a falta de uma UTI materna pode acarretar problemas ou até a morte de pacientes do Hospital Leonor Mendes de Barros, uma vez que o hospital dispõe de corpo médico e de uma sala de graves, equipada da mesma forma que uma UTI e capaz de dar todo o respaldo necessário à paciente até que ela seja transferida para uma unidade de referência", diz a nota.

Documentos internos da maternidade Leonor mostram a falta de infraestrutura

O governo argumenta que "o hospital apresenta uma média de 2 a 3 casos ao ano de alta complexidade, com a necessidade de longa permanência em UTI". Para estes, explica a secretaria, "o processo de transferência é feito pela Central de Regulação de Urgência e Emergência que mapeia prontamente a oferta de vagas dentro do serviço estadual". "Nenhum paciente do Hospital Leonor Mendes de Barros fica sem receber cuidados médicos seja no próprio serviço ou em outra unidade da rede pública Estadual", complementa a nota.

A pasta nega que a sala em que seria erguida uma UTI materna está sendo usada como depósito de materiais novos e arquivos administrativos. "Na verdade este espaço é utilizado como apoio ao serviço da UTI Pediátrica e os isoletes fazem parte dos equipamentos necessários para o atendimento dos recém-nascidos do hospital", afirma o governo. "Os equipamentos guardados nesta sala se fazem necessários para a ampliação de leitos de UTI neonatal quando há aumento de demanda por este tipo de leito", aponta a secretaria.

Questionada sobre o encaminhamento dado à reclamações dos médicos registradas no livro de ocorrências, a secretaria informou: "O Hospital Leonor Mendes de Barros mantém canal aberto entre a diretoria e os corpos médicos, técnicos e administrativos para resolver qualquer situação inerente ao tratamento e bem-estar de seus pacientes".