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Estragos provocados pelas chuvas fazem segunda maior cidade de GO decretar situação de emergência

Luiz Felipe Fernandes<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Goiânia

01/02/2011 20h37

A prefeitura de Aparecida de Goiânia, a segunda maior cidade de Goiás, decretou situação de emergência nesta terça-feira (1º) em decorrência dos estragos provocados pelas chuvas. A decisão foi tomada depois que um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente revelou que sete pontos no município necessitam de intervenção imediata.

O estudo detalha a situação de risco oferecida por cinco bueiros e duas pontes que dão acesso a bairros populosos de Aparecida. De acordo com o secretário Juliano Cardoso, mais de 120 mil pessoas que moram em bairros próximos às áreas afetadas sofrem com a deficiência de serviços básicos, como coleta de lixo e patrulhamento policial, já que há restrição de tráfego nesses locais.

O decreto de situação de emergência possibilita a liberação imediata de recursos federais sem licitação. A perspectiva, segundo o secretário, é de que R$ 7 milhões sejam repassados para recuperar as áreas apontadas no relatório.

Alguns dos locais ameaçados pelas chuvas deste ano já apresentaram problemas anteriormente. É o caso da ponte da avenida Uirapuru, sobre o córrego do Ouro. Em fevereiro de 2008, a estrutura desabou depois de uma forte chuva. Três pessoas da mesma família morreram ao passar de moto e cair na cratera.

Áreas de risco

Com a diminuição das chuvas, a situação é considerada tranquila nas cidades goianas mais afetadas no início do mês, quando foi decretada situação de emergência nas cidades de Planaltina, Palmeiras de Goiás, Itaberaí, Itapirapuã e Cidade de Goiás.

A Defesa Civil de Goiás realiza monitoramento permanente de 246 áreas de risco distribuídas em 84 municípios. Segundo o Departamento de Minimização de Desastres, 5.951 pessoas vivem em áreas de risco no Estado.

Na Cidade de Goiás, antiga capital do Estado e que detém o título de patrimônio histórico da humanidade, o nível do rio Vermelho voltou ao normal. Uma forte chuva no dia 10 de janeiro danificou 50 casarões coloniais e oito pontes na cidade.