Chuva afeta 250 mil pessoas em 11 cidades de Santa Catarina

Pelo menos 11 cidades sofreram com as chuvas entre a noite de quinta-feira (10) e manhã desta sexta (11) em Santa Catarina. De acordo com a Defesa Civil estadual, até o momento, aproximadamente 250 mil pessoas foram afetadas, mas este número deve aumentar com a chegada de novos relatórios dos municípios atingidos. O órgão ainda não recebeu pedido para decretar situação de emergência.

Pomerode, no Vale do Itajaí, foi a cidade com mais prejuízos: choveu em seis horas, choveu todo o índice previsto para março, deixando o município inundado. Dos cerca de 28 mil habitantes, 16.340 foram afetados. São 730 desabrigados, e equipes precisaram resgatar pessoas de áreas isoladas. A Defesa Civil já enviou água e alimentos, além de 500 colchões. A SC-418, rodovia que liga Pomerode a Blumenau, está interditada por causa da água sobre a pista. Algumas escolas tiveram que suspender as aulas hoje.

No norte do Estado, Joinville possui 25 desabrigados e 7.200 desalojados. O volume de chuvas chegou a 153 mm num intervalo de cinco horas, segundo a Estação Meteorológica em Vila Nova, bairro que registrou, nos primeiros 45 dias do ano, um índice pluviométrico equivalente a seis meses. É o décimo alagamento na cidade desde 3 de janeiro. Houve queda de seis pontes, o que deixou comunidades isoladas.

As outras cidades que tiveram danos com as enxurradas foram Corupá, Guaramirim, Schroeder, Massaranduba e Jaraguá do Sul (região Norte), Indaial, Ilhota e Rio dos Cedros (Vale do Itajaí) e Nova Veneza (Sul). O número de feridos ainda não foi contabilizado, pois a prioridade agora é a retirada das pessoas das áreas de risco. Os estragos com os alagamentos e deslizamentos também estão sendo avaliados pelas autoridades locais.   

A Defesa Civil estadual emitiu um alerta sobre possibilidade de mais chuvas durante o fim de seman, no litoral catarinense e no Vale do Itajaí. Também é desaconselhada a pesca e o lazer no mar, pois há risco de ressaca, com ondas entre dois e três metros. Porém, até para tranquilizar a população, a condição não tem influência do terremoto que atingiu o Japão, segundo o Serviço de Meteorologia.