Aluna acusada de agredir colega em Ribeirão Preto (SP) fala que agiu em legítima defesa
A estudante de enfermagem Renata Elen dos Santos, 20, afirmou à polícia na segunda-feira (11) que agiu em legítima defesa ao golpear, com um capacete, o rosto da colega de sala Ana Cláudia Lauer, no último dia 1º, em frente ao Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto (SP). A agressão ocorreu após Ana Cláudia reclamar de prática de bullying à coordenação do curso de enfermagem, um dia antes.
De acordo com a delegada Lucia Bocardo Batista Pinto, da Delegacia de Defesa da Mulher de Ribeirão Preto, Renata declarou em depoimento que Ana Cláudia ia golpeá-la com o capacete durante uma discussão após as aulas. Ela teria evitado o golpe e entrado em luta com a colega. Ambas teriam caído na calçada e, segundo a versão de Renata, Ana Cláudia teria se ferido com o próprio capacete.
Segundo Ana Cláudia, a agressão ocorreu um dia depois de ela se queixar dos colegas para a coordenação do curso, o que teria desagradado a turma. A estudante alega que os colegas teriam afirmado, após a queixa, que ela queria arrumar ‘rolo’ na faculdade.
Para a mãe da estudante ferida, Ana Lauer, a versão de Renata é “mentirosa”. A advogada da família, Ana Letícia Rodrigues da Cunha e Martins, afirmou que a versão faz parte da estratégia de defesa e que sua cliente mantém a versão dos fatos apresentada à polícia.
A delegada afirmou que vai ouvir mais testemunhas do caso para concluir o inquérito. De acordo com ela, nenhuma das testemunhas ouvidas até agora viu Renata desferir o golpe no rosto de Ana Cláudia. “As pessoas dizem que foi tudo muito rápido, que viram apenas o momento em que as duas estavam rolando pelo chão.”
De acordo com a delegada, Renata, se condenada, pode pegar pena que varia de três meses a um ano de prisão na hipótese de a lesão ser considerada leve. Se for considerada grave, a pena pode ser de um ano a cinco anos de prisão. “Tudo vai depender do que disserem os exames de perícia”, afirmou. No último dia 4, Renata foi afastada por 30 dias do centro de ensino.
O UOL Notícias procurou o advogado Zoroastro Rodolpho Iozzi Junior, que faz a defesa de Renata, para comentar o caso. No primeiro contato, a secretaria dele, que se identificou como Rafaela, pediu para a reportagem ligar após 15 minutos. No segundo telefonema, um homem que se identificou somente como João Paulo disse que Iozzi Junior havia saído para uma audiência. O defensor não foi mais localizado.
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