PM prende soldado suspeito de participar de ataques na Baixada Santista

A Polícia Militar de Santos confirmou nesta segunda-feira (18) a prisão administrativa de um policial acusado de participar da série de ataques que deixou ao menos oito pessoas feridas e um morto na Baixada Santista. O crime ocorreu na madrugada no dia 10 de abril entre os municípios de Santos e São Vicente.

O Comando do 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior (6º BPM/I) informou, por meio de um comunicado, que a prisão foi efetuada no último sábado (16). O policial foi autuado dirigindo um Corsa preto, o mesmo modelo usado pelo autor dos crimes. A assessoria da PM ressalta que, por enquanto, o policial é apenas suspeito e nenhuma das vítimas do tiroteio o reconheceu como autor dos crimes. O soldado acusado permanece à disposição da Corregedoria da Polícia Militar prestando esclarecimentos

O veículo do policial foi apreendido pela PM e encaminhado para exames periciais. O Comando do 6º BPM/I também instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar o caso.

Entenda os ataques

Em Santos, os ataques aconteceram em três bairros. O pior cenário foi registrado no Boqueirão, onde dois homens foram alvejados por vários disparos.

Paulo Roberto Barnabé, de 34 anos, natural de São Paulo, levou um tiro no tórax e não resistiu aos ferimentos. O outro rapaz, que foi atingido por seis tiros, conseguiu sobreviver.

Também ocorreram mais dois ataques na cidade, sendo que uma pessoa foi atingida em Aparecida e a outra, no Macuco.

A onda de violência atingiu ainda o município vizinho, São Vicente. No bairro da Vila Valença, dois homens foram atingidos, sendo um no peito e o outro no ombro. A perseguição continuou na Vila Magarida, onde três homens foram alvos dos disparos vindos de um carro preto.  

Na mesma noite, outros dois homens que tinham saído de uma boate foram perseguidos e alvejados por mais tiros. Ambos foram atingidos no braço.

No bairro Vila Catiapoã, dois passageiros de um carro também foram baleados por volta das 6h30. Eles foram levados para o Crei (Centro de Referência em Emergência e Internação) da cidade.