Área que produziria 24 toneladas de maconha é destruída na fronteira do Brasil com Paraguai
Agentes antidrogas do Paraguai destruíram ontem (3) oito hectares de maconha, área suficiente para produzir 24 toneladas da droga, na cidade de Capitán Bado, Paraguai, fronteira com Coronel Sapucaia (MS). Para efeitos de comparação, a área, equivalente a 80 mil metros quadrados, é maior que o gramado do estádio do Pacaembu (75.598 metros quadrados).
A operação, batizada de Nova Aliança 3, foi desencadeada pela Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), com apoio da Polícia Federal brasileira (PF).
Na operação, os agentes ainda encontraram 3,5 toneladas de maconha picada e embalada em sacos, quatro prensas rústicas utilizadas para compactar a droga e identificaram cinco acampamentos.
Em fase de colheita e germinação, o plantio de maconha destruído estava espalhado em cinco diferentes áreas de tamanho equivalente a um ou dois hectares em uma propriedade rural, cujo nome do responsável não foi divulgado.
O diretor de Comunicação da Senad, Francisco Ayala, informou que a identidade dos proprietários é resguardada porque eles mesmos denunciaram a existência do plantio.
Ayala diz que as fazendas são grandes, de acesso difícil, e os responsáveis não conseguem ter o controle de quem entra ou sai. Cada hectare cultivado é suficiente para produzir de duas a três toneladas de maconha.
Os traficantes costumam recrutar camponeses, invadem as fazendas e plantam a maconha em pequenas clareiras onde também instalam acampamentos em que mantêm infraestrutura necessária para colher e embalar a droga.
Para identificar e chegar até as plantações, a polícia precisa usar helicópteros. “É muito importante realizarmos este trabalho porque impedimos que a maconha entre no mercado”, disse Ayla ao UOL Notícias.
A PF do Brasil colabora com os paraguaios na logística e financiamento da operação, inclusive com repasse de combustível, que continuará nos próximos dias, segundo a Senad.
Brasil consome 80% da droga produzida no Paraguai
O Paraguai é o principal fornecedor de maconha ao mercado consumidor brasileiro. Pelo menos 80% da droga produzida no país vizinho chega ao Brasil. As principais portas de entrada são cidades fronteiriças do Paraguai com o Paraná e o Mato Grosso do Sul.
Somente este ano, a Senad destruiu 316 hectares de maconha no Paraguai, em ações diversas realizadas durante a Operação Nova Aliança III. Relatório das Nações Unidas indica que o Paraguai tem pelo menos 5 mil hectares de maconha cultivado.
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