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Após atrasos e mortos em cratera, estação Pinheiros do metrô de SP será inaugurada nesta segunda

Janaina Garcia<br>Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

15/05/2011 17h00

Mais de quatro anos após as cenas da enorme cratera que, em janeiro de 2007, engoliu sete pessoas e veículos, a estação Pinheiros da linha 4-amarela do metrô de São Paulo volta a ser notícia novamente graças à inauguração da unidade. A solenidade que marca a entrega da obra --cuja entrega era prevista, antes do acidente, para 2008-- acontece às 10h desta segunda-feira (16), com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e de autoridades do setor de transportes. A nova unidade, no entanto, começa a operação às 4h40, já que está localizada entre as estações Faria Lima e Butantã.

A obra foi iniciada em novembro de 2005 e é a quarta da linha amarela, inaugurada em maio do ano passado com as estações Paulista e Faria Lima e operada pela concessionária ViaQuatro. Em 28 de março deste ano, a estação Butantã ficou pronta depois de seis anos de espera dos moradores da região. Pelos cálculos da ViaQuatro, com a Pinheiros em operação, a expectativa é que a linha 4 transporte diariamente cerca de 80 mil passageiros diariamente.

No mês passado, a secretaria estadual de Transportes Metropolitanos estimou para o final de junho deste ano a integração da Pinheiros com a linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Apenas depois dessa ação, no mês seguinte, promete o governo, as estações da linha 4 vão operar em período integral e nos sete dias da semana. Por enquanto, funciona de segunda a sexta-feira, das 4h40 às 15h.

Fluxograma da linha 4

Além das estações já em operação parcial e da de Pinheiros, o governo de São Paulo promete para ainda este ano a conclusão da primeira fase do traçado da linha 4-amarela. Para isso, até dezembro, devem ser abertas as estações Luz e República.

As demais que compõem o desenho, Fradique Coutinho, Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, são previstas para a segunda fase do projeto, cuja promessa de entrega é para até 2014. Ainda sob licitação, uma terceira fase terá paradas no Jardim Jussara e em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

Alckmin

Em março, na inauguração da estação Butantã, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu que a capital precisaria de “no mínimo, o dobro” dos atuais 70,9 km da malha metroviária para suportar a demanda.

"A linha 4 é a da integração, e dentro do conceito de transporte metropolitano queremos fazer uma PPP (parceria público-privada) para estendê-la, a partir da futura estação Vila Sônia, até o município de Taboão da Serra; à parte disso, estudamos parceria com a Prefeitura de São Paulo para que a linha 2-verde, em Vila Prudente, chegue até Cidade Tiradentes", afirmou o governador, na ocasião.

No evento de inauguração da Butantã, o governador e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (que anunciou a saída do DEM para fundar o PSD), ainda foram recepcionados por um grupo de manifestantes formado por sindicalistas, estudantes e trabalhadores de transportes públicos. Eles protestaram contra os preços das tarifas --R$2,90 a do metrô, e R$ 3 a do ônibus- -e contra a realização de PPPs (parcerias público-privadas) em obras do metrô de São Paulo, como a que foi realizada na linha amarela.