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Seis semanas depois, duas vítimas da tragédia em Realengo continuam hospitalizadas no Rio

Hanrrikson de Andrade <br>Especial para o UOL Notícias <br>No Rio de Janeiro

19/05/2011 12h22

A Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira (19) que dois adolescentes de 13 anos baleados na tragédia em Realengo continuam internados em situação estável, mas sem previsão de alta. Das 12 vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre no colégio Tasso da Silveira, que conseguiram sobreviver, apenas Luan Vitor Pereira e Thayane Monteiro seguem hospitalizados desde o massacre, em 7 de abril.

A menina foi transferida há duas semanas para um leito na enfermaria do hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após longo período no CTI pediátrico. Ela apresenta quadro clínico estável e se recupera normalmente.

No fim de abril, a adolescente passou por mais uma intervenção cirúrgica para revisão de cavidade abdominal e recolocação de dreno. Thayane, que foi baleada no abdômen e teve fratura exposta no braço esquerdo, já tinha sido operada duas vezes: para conter uma hemorragia na região do estômago e para retirar o projétil da coluna.

Já Luan, que fora baleado no olho direito, se recupera normalmente de uma cirurgia no local atingido. Há dez dias, ele foi operado no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, para correção de fratura do tecido subcutâneo da órbita ocular direita (uma fina placa óssea localizada abaixo do globo ocular). O adolescente segue em observação na enfermaria da unidade.

Entenda o caso

No último dia 7 de abril, por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já em uma sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a atirar contra os estudantes.

Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas meninas. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orientava como queria ser enterrado, e deixou sua casa para associação de proteção de animais.

O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.

Doze estudantes morreram -- dez meninas e dois meninos -- e outros 12 ficaram feridos no ataque.