Polícia investiga negligência em naufrágio no lago Paranoá, em Brasília
O responsável pelas investigações sobre o naufrágio do barco "Imagination" no lago Paranoá, em Brasília, delegado Adval Cardoso Matos, sinalizou nesta terça-feira (24) que as apurações preliminares indicam que o acidente foi causado por um conjunto de fatores. Segundo ele, há indicações de superlotação e falhas dos operadores da embarcação. A Polícia Civil trabalha ainda com as hipóteses de negligência e culpa por parte dos responsáveis.
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De acordo com o delegado, há sinalização de negligência com o esquema de segurança para os passageiros e tripulantes do "Imagination". Bombeiros informaram que havia coletes, mas há indicações de que muitos não sabiam utilizar os salva-vidas. “Algumas vítimas relatam que não conseguiram pegar o colete salva-vidas e que houve falta de orientação”, disse o delegado.
Matos ouviu hoje sete depoimentos na busca pela apuração das responsabilidades envolvendo o acidente com o barco, ocorrido anteontem (22), no qual pelo menos seis pessoas morreram. Na embarcação havia mais de 100 pessoas e 93 foram resgatadas logo depois do naufrágio. Segundo sobreviventes, a festa era de confraternização de funcionários de um bufê de Brasília.
Para o delegado, é improvável que o naufrágio tenha sido provocado por uma colisão entre o Imagination e uma lancha. “Verifiquei a lancha [citada por alguns nos depoimentos] e não encontrei sinais de colisão, mas precisamos esperar a perícia para ter certeza ”, afirmou Matos. De acordo com ele, na lancha foi encontrado sangue que seria da vítimas socorridas.
O delegado afirmou ainda que o piloto da lancha, conhecido apenas como José Carlos, foi o primeiro a prestar socorro às vítimas. José Carlos não dispõe de habilitação para pilotar a lancha, mas assumiu o comando porque o dono da embarcação “não tinha habilidade” suficiente para “encostar” no Imagination.
A direção-geral da Polícia Civil do Distrito Federal informou os nomes dos mortos no naufrágio. No total são seis mortos, mas dois corpos ainda estão em processo de identificação.
Os corpos já identificados são do bebê João Antonio Fernandes Rocha, de 6 meses, de Flávia
Daniela Pereira Dornel, de 22 anos, Vicente Carneiro de Souza Neto, de 36 anos, e Ester Araújo de Oliveira, de dez anos.
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