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Balão falha, e içamento de barco naufragado no DF é adiado

Maurício Savarese<br>Do UOL Notícias<br>Em Brasília

26/05/2011 17h53

Um dos quatro balões de flutuação conectados à embarcação que naufragou domingo no lagoa Paranoá, em Brasília, não funcionou como o esperado e adiou o içamento do barco "Imagination" para sexta-feira (27).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os trabalhos serão retomados às 7h de sexta. Hoje (26), a operação durou mais de seis horas, para atar os balões à embarcação, que subiu um pouco, mas acabou voltando ao mesmo lugar. O barco está inclinado, com a popa para cima, a 17 metros de profundidade.

A operação era planejada pelos bombeiros desde o início da semana e usou balões com capacidade de erguer até 12 toneladas. O objetivo é trazer o barco à superfície sem grandes avarias para não aumentar as dificuldades da perícia que será feita pela Polícia Civil. O delegado Adval Carvalho de Matos disse acreditar que uma rachadura no barco levou ao acidente que matou nove pessoas que participavam de uma confraternização. Pelo menos outras 94 pessoas se salvaram.

Festas a bordo e grande tráfego levam perigo ao lago Paranoá

 

Nona vítima identificada

Mais cedo, a Polícia Civil do Distrito Federal identificou a nona vítima do naufrágio. Trata-se do garçom Hadnilton José de Oliveira, 31. Além dele, outras oito pessoas morreram no acidente: João Antônio Fernandes Rocha, 7 meses, Flávia Daniela Pereira Dornel, 22, Ester Araújo de Oliveira, 10, Vicente Carneiro de Souza Neto, 36, Paulo de Mello, 36, Adail de Souza Borges, 45, Valdelice de Souza Fernandes, 36, e Robinson Araújo de Oliveira, 29.

O corpo de Hadnilton foi resgatado na noite de ontem (25). Ele estava nas proximidades do local onde a embarcação "Imagination" afundou, com mais de cem pessoas a bordo. De acordo com os bombeiros, essa seria a última pessoa desaparecida.

Investigação

A embarcação tinha licença para operar com 90 passageiros e dois tripulantes, mas o Corpo de Bombeiros diz que pelo menos 104 pessoas estavam a bordo. Poucas horas depois do acidente, os bombeiros falavam em uma conjunção de fatores para a tragédia: número de passageiros acima do previsto, incapacidade de uma bomba para drenar a água e condições climáticas.

No fim do dia, a polícia afirmava que rachaduras na estrutura do barco, encontradas por mergulhadores, podem ter causado o acidente. “Mas no fim só a perícia vai dizer exatamente o que pesou mais”, afirmou o delegado Matos.