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Bombeiros começam trabalho de remoção do barco que afundou no lago Paranoá, em Brasília

Maurício Savarese<br> Do UOL Notícias

Em Brasília

26/05/2011 12h07

Com a localização do corpo da nona vítima do naufrágio no lago Paranoá, em Brasília, o Corpo de Bombeiros começou nesta quinta-feira (26) o içamento do barco "Imagination" da água. Dezesseis mergulhadores estão no fundo do lago enchendo os balões de flutuação e amarrando as boias na embarcação. Um rebocador privado, que vai tracionar e ajudar na remoção, também já está no local.

Festas a bordo e grande tráfego levam perigo ao lago Paranoá

Duplas de mergulhadores descem até 17 metros de profundidade para prender correntes de aço no barco. Os balões de flutuação tem capacidade para até doze toneladas.

"O barco pesa quinze toneladas, mas não vamos tirá-lo de uma vez. Vamos movimentá-lo, girá-lo e o resto do movimento ele acaba fazendo sozinho", disse Marco Negrão, comandante do grupo de busca e salvamento dos Bombeiros. "Não removemos os objetos que atrapalhavam dentro do barco, mas os movimentamos e podemos afirmar que não há ninguém ali", completou.

A Polícia Civil do Distrito Federal identificou hoje a nona vítima. Trata-se do garçom Hadnilton José de Oliveira, 31. Além dele, outras oito pessoas morreram no acidente: João Antônio Fernandes Rocha, 7 meses, Flávia Daniela Pereira Dornel, 22, Ester Araújo de Oliveira, 10, Vicente Carneiro de Souza Neto, 36, Paulo de Mello, 36, Adail de Souza Borges, 45, Valdelice de Souza Fernandes, 36, e Robinson Araújo de Oliveira, 29.

O corpo de Hadnilton foi resgatado na noite de ontem (25). Ele estava nas proximidades do local onde a embarcação "Imagination" afundou, com mais de cem pessoas a bordo. De acordo com os bombeiros, essa seria a última pessoa desaparecida.

Investigação

A embarcação tinha licença para operar com 90 passageiros e dois tripulantes, mas o Corpo de Bombeiros diz que pelo menos 104 pessoas estavam a bordo. Poucas horas depois do acidente, os bombeiros falavam em uma conjunção de fatores para a tragédia: número de passageiros acima do previsto, incapacidade de uma bomba para drenar a água e condições climáticas.

No fim do dia, a polícia afirmava que rachaduras na estrutura do barco, encontradas por mergulhadores, podem ter causado o acidente. “Mas no fim só a perícia vai dizer exatamente o que pesou mais”, afirmou o delegado Matos.