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Última vítima do naufrágio no lago Paranoá, em Brasília, é identificada

Do UOL Notícias

Em São Paulo

26/05/2011 09h12

A Polícia Civil do Distrito Federal identificou nesta quinta-feira (26) a nona vítima do naufrágio de domingo (22) no lago Paranoá, em Brasília. Trata-se do garçom Hadnilton José de Oliveira, 31. Além dele, outras oito pessoas morreram no acidente: João Antônio Fernandes Rocha, 7 meses, Flávia Daniela Pereira Dornel, 22, Ester Araújo de Oliveira, 10, Vicente Carneiro de Souza Neto, 36, Paulo de Mello, 36, Adail de Souza Borges, 45, Valdelice de Souza Fernandes, 36, e Robinson Araújo de Oliveira, 29.

O corpo de Hadnilton foi resgatado na noite de ontem (25). Ele estava nas proximidades do local onde a embarcação "Imagination" afundou, com mais de cem pessoas a bordo. De acordo com os bombeiros, essa seria a última pessoa desaparecida.

Festas a bordo e grande tráfego levam perigo ao lago Paranoá

A corporação agora deve içar a embarcação com balões de flutuação com capacidade para até doze toneladas. "O barco tem capacidade de pesar quinze toneladas, mas não vamos tirá-lo de uma vez. Vamos movimentá-lo, girá-lo e o resto do movimento ele acaba fazendo sozinho", disse Marco Negrão, comandante do grupo de busca e salvamento dos Bombeiros.

"Não removemos os objetos que atrapalhavam dentro do barco, mas os movimentamos e podemos afirmar que não há ninguém ali", disse Negrão.

Para fazer o serviço, duplas de mergulhadores descerão até 17 metros de profundidade para prender correntes de aço na embarcação.

Investigação

A embarcação tinha licença para operar com 90 passageiros e dois tripulantes, mas o Corpo de Bombeiros diz que pelo menos 104 pessoas estavam a bordo. Poucas horas depois do acidente, os bombeiros falavam em uma conjunção de fatores para a tragédia: número de passageiros acima do previsto, incapacidade de uma bomba para drenar a água e condições climáticas.

No fim do dia, a polícia afirmava que rachaduras na estrutura do barco, encontradas por mergulhadores, podem ter causado o acidente. “Mas no fim só a perícia vai dizer exatamente o que pesou mais”, afirmou o delegado Matos.