Topo

Agentes penitenciários são presos acusados de ajudar grupo a fugir de presídio na Paraíba

Valéria Sinésio<br>Especial para o UOL Notícias

Em João Pessoa

07/06/2011 10h37

Após a fuga de cinco presos na madrugada do sábado (4), das celas de isolamento do Presídio Serrotão, em Campina Grande (PB), a Justiça decretou a prisão preventiva de dois agentes penitenciários que teriam ajudado os detentos. O pedido de prisão foi concedido nesta segunda-feira (6) pelo juiz Fernando Brasilino Leite contra os servidores José Ildo dos Santos Rodrigues e Severino Ramos do Amaral, que já estão presos.

Há duas semanas, a direção do presídio descobriu um plano de fuga dos detentos, que pretendiam usar armaduras feitas com garrafas pet para escapar. As armaduras, encontradas enterradas no pátio do presídio, seriam usadas para evitar choque na cerca elétrica.

Os presos foram, então, colocados em celas isoladas, mas mesmo assim conseguiram abrir os cadeados e fugir. O grupo usou ‘alvarás’ – cordas feitas de pano – para escalar o muro da penitenciária. 

A direção do presídio informou que um problema na cerca elétrica reduziu a voltagem da descarga, o que pode ter contribuído para a fuga. No entanto, o que chama a atenção é o fato de que os presos estavam no isolamento, onde a vigilância não poderia falhar.

Durante a investigação, as suspeitas se voltaram para os agentes penitenciários. Severino Ramos seria o responsável por abrir a cela do isolamento, segundo informações repassadas por outros presos, enquanto o outro agente deu cobertura. Ainda não se sabe se os agentes receberam dinheiro para ajudar na ação. O segundo agente, identificado como José Ildo, estava com as chaves das celas e também foi responsabilizado pela fuga dos cinco detidos, que continuam foragidos.