Topo

Copiloto troca escala para visitar o pai e escapa de acidente; família afirma estar em choque

O copiloto baiano Sérgio Novis, 47, estava escalado para trabalhar no avião da Noar que caiu em Recife (PE), mas escapou por pouco de ser uma das 16 vítimas do acidente - Divulgação
O copiloto baiano Sérgio Novis, 47, estava escalado para trabalhar no avião da Noar que caiu em Recife (PE), mas escapou por pouco de ser uma das 16 vítimas do acidente Imagem: Divulgação

Aliny Gama<br>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Maceió

13/07/2011 18h01

O copiloto baiano Sérgio Novis, 47, estava escalado para trabalhar no avião da Noar que caiu nesta quarta-feira (13), em Recife (PE), mas escapou por pouco de ser uma das 16 vítimas do acidente. Ele trocou a escala com o colega Roberto Gonçalves, 55, na noite de ontem (12) para visitar o pai em Salvador, que se submeteu a uma cirurgia de emergência. Novis é copiloto da Noar desde que a companhia aérea entrou em operação, em junho de 2010.

A mulher dele, a secretária de Turismo de Alagoas, Danielle Novis, disse que todos da família estão em choque com a notícia da queda da aeronave. “Estamos muito tristes com esse acidente, prestamos solidariedade às famílias dos passageiros e dos colegas de trabalho do meu esposo. Mas, não queremos dizer que Sérgio nasceu de novo, pois isso é uma fatalidade e quando chega o dia de morrermos, não temos como escapar. Infelizmente aconteceu”, disse ao UOL Notícias.

Danielle contou que o copiloto está retornando de carro de Salvador (BA) para Maceió (AL) nesta quarta-feira e, por estar muito abalado, não queria falar com a imprensa sobre a tragédia.

A mulher contou ainda que casal veio da Bahia morar em Alagoas há 20 anos, mesmo período em que Novis iniciou os trabalhos na aviação civil. “Ele se formou em advocacia, mas abandonou a profissão por gostar de liberdade e fez curso para pilotar avião”, contou Danielle.

O irmão do copiloto que morreu no acidente, Jairo Gonçalves, 50, confirmou que o irmão teria trocado o dia de trabalho com o colega. “Ele ligou ontem para meu irmão pedindo para ele substituí-lo”, afirmou.

Gonçalves ainda disse que era comum Roberto se queixar de supostos problemas mecânicos que ocorriam nos aviões bimotores da Noar. “Ele sempre se queixava de falhas mecânicas nas turbinas e problemas na parte elétrica dos aviões. A última queixa que ele fez foi há três meses”, disse Jairo.