Polícia vai ouvir familiares de ex-namorada de jogador da Portuguesa
A Polícia Civil de São Paulo deve começar a ouvir nesta quinta-feira (4) familiares da estudante Flávia Anay de Lima, 16, que namorava o jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos.
Ela morreu na madrugada do último domingo (31) ao cair do 15º andar do prédio em que morava com o atleta, na Vila Carrão, zona leste da capital.
Testemunhas disseram à polícia ter ouvido o casal discutir horas antes da morte da jovem --registrada inicialmente como suicídio, e, depois, como morte suspeita.
Os pais dela rejeitam a hipótese de a filha ter se jogado, e, em coletiva esta semana, relataram suposta agressividade de Silva no relacionamento. Eles namoravam há três anos e moravam juntos desde dezembro passado.
O advogado do jogador e do clube, Giuseppe Fagotti, afirmou ao UOL Notícias que os dois jovens mantinham “um bom relacionamento”, apesar de Flávia, segundo ele, ser “muito ciumenta”.
“Se o Rafael chegasse meia hora depois do treino, já era motivo para discussão. E não se sabe a reação de alguém quando o outro diz que vai pegar as malas e ir embora”, disse, referindo-se ao que Silva teria feito instantes antes da morte da estudante.
“Ele [o jogador] deu declarações à polícia na segunda (1º) e fez todos os exames que foram solicitados. Está afastado do clube por mais dez dias, de licença médica, por orientação de psicólogo. Mas se a delegada achar que precisa ouvi-lo, vamos conversar e ver como será feito”, disse o advogado, segundo o qual, apesar da discussão, o atleta “é tranquilo”.
Mais depoimentos e perícia
A delegada responsável pelas investigações, Elisabete Sato, da 5ª Seccional Leste, deve marcar em breve o depoimento do atleta, atualmente em licença médica no clube.
A polícia aguarda também o resultado de exame de DNA para saber se o sangue encontrado no apartamento alugado pelo jogador é dele ou de Flávia.
De acordo com o boletim de ocorrência lavrado, marcas de duas mãos sujas de sangue foram localizadas em azulejos do banheiro.
O jogador alegou que era sangue dele, graças a um ferimento na cabeça provocado por uma caixa de som que teria sido arremessada pela estudante.
O apartamento, que pertence a Silva, foi encontrado pelos policiais revirado e com a cama e um interfone quebrados.
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