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Vereador suspeito de matar colega em romaria faz exame no IML e se apresenta à polícia

Janaina Garcia<br>Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

10/08/2011 16h59Atualizada em 10/08/2011 17h56

A Polícia Civil de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, toma na tarde desta quarta-feira (10) o depoimento do vereador Leozildo Barros, conhecido como “Léo do PT”, que se apresentou após cinco dias foragido. Ele passou por exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal).

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    Segundo testemunhas, o vereador Leozildo Barros (PT) disparou contra o colega

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    Baleado, o vereador Rodrigo Federzoni (PV) morreu no hospital

Barros foi apontado por testemunhas como autor dos disparos que mataram o também vereador Rodrigo Federzoni (PV), supostamente durante uma discussão sobre a mulher do petista. O crime aconteceu durante uma romaria que passava pela cidade de Cajamar (Grande SP) em direção a Pirapora do Bom Jesus, na tarde da última sexta-feira (5).

Federzoni chegou a ser encaminhado ao hospital local, mas não resistiu. Duas pessoas que participavam da romaria também foram atingidas pelos tiros de pistola 380, mas estão fora de perigo. Elas serão chamadas a depor. O vereador levou quatro disparos --três deles, nas costas.

Esta semana, o delegado que chefia o inquérito na delegacia seccional de Franco da Rocha, Rogério Barbosa Thomaz, disse ao UOL Notícias que via indícios de execução no caso. Entretanto, o policial afirmou que não estava esclarecido o real motivo da discussão.

“Pelos depoimentos que tomamos, o motivo do desentendimento foi a namorada do autor dos disparos, que também estava na romaria. Não sabemos, porém, se a vítima mexeu com ela”, disse.

Segundo o delegado, a partir do relato das testemunhas, Barros teria primeiramente atirado para o alto, e, na sequência, no outro vereador. “Ele descarregou uma pistola 380, que tem capacidade para 15 tiros e que está registrada no nome do próprio vereador [Barros]. Recebemos o laudo de necropsia, que apontou que quatro tiros acertaram a vítima --um no tórax, e três nas costas".

Apesar de os envolvidos no crime serem parlamentares, o policial descartou conotação política no crime. “Porque, pelo que apuramos, eles tinham um bom relacionamento”, justificou.

Ficha criminal e suplentes

Indagado sobre eventuais passagens policiais anteriores de Barros, o delegado informou que ele respondeu a processo por ameaça, no ano de 2002, e foi indiciado por crime de peculato e dispensa ilegal de licitação, em 2009. Do primeiro caso, obteve arquivamento.

O vereador é ainda o atual presidente do sindicato dos comerciários de Franco da Rocha.

A assessoria da Câmara Municipal de Franco da Rocha informou que a convocação de suplente só poderá ser feita após o partido de Federzoni comunicar a Justiça Eleitoral sobre a vacância do cargo. Uma vez que o cartório emita a notificação ao Legislativo, começa o rito de posse do substituto. O presidente da Casa, vereador Antonio Lopes da Silva (DEM), disse pela assessoria que não vai se manifestar sobre o caso –que, na esfera política, pode culminar na cassação de mandato do parlamentar se configurada quebra de decoro.

A polícia e a Câmara não informaram quem faz a defesa de Barros.