Vereador suspeito de matar colega em romaria faz exame no IML e se apresenta à polícia
A Polícia Civil de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, toma na tarde desta quarta-feira (10) o depoimento do vereador Leozildo Barros, conhecido como “Léo do PT”, que se apresentou após cinco dias foragido. Ele passou por exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal).
Segundo testemunhas, o vereador Leozildo Barros (PT) disparou contra o colega
Baleado, o vereador Rodrigo Federzoni (PV) morreu no hospital
Barros foi apontado por testemunhas como autor dos disparos que mataram o também vereador Rodrigo Federzoni (PV), supostamente durante uma discussão sobre a mulher do petista. O crime aconteceu durante uma romaria que passava pela cidade de Cajamar (Grande SP) em direção a Pirapora do Bom Jesus, na tarde da última sexta-feira (5).
Federzoni chegou a ser encaminhado ao hospital local, mas não resistiu. Duas pessoas que participavam da romaria também foram atingidas pelos tiros de pistola 380, mas estão fora de perigo. Elas serão chamadas a depor. O vereador levou quatro disparos --três deles, nas costas.
Esta semana, o delegado que chefia o inquérito na delegacia seccional de Franco da Rocha, Rogério Barbosa Thomaz, disse ao UOL Notícias que via indícios de execução no caso. Entretanto, o policial afirmou que não estava esclarecido o real motivo da discussão.
“Pelos depoimentos que tomamos, o motivo do desentendimento foi a namorada do autor dos disparos, que também estava na romaria. Não sabemos, porém, se a vítima mexeu com ela”, disse.
Segundo o delegado, a partir do relato das testemunhas, Barros teria primeiramente atirado para o alto, e, na sequência, no outro vereador. “Ele descarregou uma pistola 380, que tem capacidade para 15 tiros e que está registrada no nome do próprio vereador [Barros]. Recebemos o laudo de necropsia, que apontou que quatro tiros acertaram a vítima --um no tórax, e três nas costas".
Apesar de os envolvidos no crime serem parlamentares, o policial descartou conotação política no crime. “Porque, pelo que apuramos, eles tinham um bom relacionamento”, justificou.
Ficha criminal e suplentes
Indagado sobre eventuais passagens policiais anteriores de Barros, o delegado informou que ele respondeu a processo por ameaça, no ano de 2002, e foi indiciado por crime de peculato e dispensa ilegal de licitação, em 2009. Do primeiro caso, obteve arquivamento.
O vereador é ainda o atual presidente do sindicato dos comerciários de Franco da Rocha.
A assessoria da Câmara Municipal de Franco da Rocha informou que a convocação de suplente só poderá ser feita após o partido de Federzoni comunicar a Justiça Eleitoral sobre a vacância do cargo. Uma vez que o cartório emita a notificação ao Legislativo, começa o rito de posse do substituto. O presidente da Casa, vereador Antonio Lopes da Silva (DEM), disse pela assessoria que não vai se manifestar sobre o caso –que, na esfera política, pode culminar na cassação de mandato do parlamentar se configurada quebra de decoro.
A polícia e a Câmara não informaram quem faz a defesa de Barros.
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