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Freiras são assaltadas por homens armados dentro de convento em Maceió

Carlos Madeiro

Especial para o UOL Notícias<br>Em Natal

22/08/2011 19h32

O convento Rainha da Paz, no bairro Santa Amélia, em Maceió (AL), foi invadido por homens armados na noite deste domingo (21), que assaltaram um grupo de freiras que estava no local rezando. Ninguém foi preso.

Segundo a Polícia Militar, quatro assaltantes chegaram ao local por volta das 19h30 no local, em um veículo de placa e modelo não identificados pelas vítimas. No momento da invasão, o prédio não contava com a presença de vigia ou segurança eletrônica.

Os ladrões renderam as religiosas rapidamente e, conforme a polícia, levaram um notebook e uma televisão do convento, além dos celulares das freiras. Policiais ainda fizeram rondas pelo bairro, mas não conseguiram prender nenhum dos acusados. A polícia também não soube informa como as freiras foram rendidas.

O UOL Notícias entrou em contato com o convento, mas a freira que atendeu a ligação informou que todas estavam muito abaladas e não queriam falar sobre o assalto. A moradores, elas informaram que vão pedir ajuda à comunidade para recuperar o que foi perdido no assalto e pedir mais segurança no bairro.

O caso está sendo investigado pela Delegacia do 4° Distrito da Capital, localizada no bairro do Farol.

Segundo assalto

Essa foi a segunda vez em menos de um ano que o local foi alvo dos assaltantes. Em setembro de 2010, seis homens armados invadiram o local e renderam duas freiras. No momento do assalto, as religiosas estavam na capela do convento e escutaram a campainha tocar. Umas delas foi atender a porta, quando seis homens pediram para entrar para fazer uma doação.

O grupo armado anunciou o assalto e trancou as freiras em uma das salas do convento, levando pouco mais de R$ 6 mil, a chave de um carro, relógios, celulares e um aparelho MP3.

Dois dos acusados foram presos pela polícia poucos instantes após o assalto, e boa parte do material do recuperado. A dupla foi condenada em abril, pela 2ª Vara Criminal da Capital, a oito anos e três meses de prisão pelo assalto, além do pagamento R$ 2 mil de indenização por dano moral para cada uma das vítimas.

Na sentença, o juiz Geneir Marques disse que o crime foi de “extrema gravidade”, por conta do “desvalor demonstrado pelos réus, pois desprezaram qualquer sentimento de respeito para com pessoas que se dedicam à caridade e desempenham relevantes trabalhos sociais por meio da disseminação da religião, tão ausente no atual estágio em que vive a sociedade capitalista.”