Rio tem nove bueiros com 100% de chance de explosão, diz contratada da prefeitura
Os técnicos da Concremat, empresa contratada pela prefeitura do Rio de Janeiro para fiscalizar a rede subterrânea da cidade, identificaram nove bueiros com 100% de chance de explosão durante a vistoria realizada neste mês de agosto. A probabilidade é calculada caso alguma centelha seja acesa nas proximidades dessas galerias, de acordo com a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos.
Os pontos de risco estão situados em vias dos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, todos na zona sul, e do centro da capital. A equipe de fiscalização, composta por técnicos da Concremat, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), entre outros órgãos, vistoriou pelo menos 1.422 bueiros em agosto.
De acordo com a prefeitura, em todos os casos os fiscais responsáveis agiram de acordo com os protocolos emergenciais estabelecidos no acordo entre o governo municipal e a empresa de monitoramento. Os locais foram isolados, e notificações, enviadas ao Centro de Operações Rio, para a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa), além das concessionárias de fornecimento de energia e distribuição de gás.
A reportagem do UOL Notícias conseguiu informações sobre a localização de pelo menos três dos nove pontos de risco: são bueiros situados na rua da Carioca e na região da Praça Tiradentes, ambas no centro da cidade. Os técnicos detectaram a presença de grande quantidade de gás em tais galerias.
Bueiro-bomba
Mais um bueiro explodiu nesta segunda-feira (29), desta vez numa das esquinas da avenida Almirante Barroso com a Treze de Maio, no centro da cidade.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ), o incidente ocorreu em uma caixa subterrânea da Companhia de Engenharia de Tráfego da capital fluminense. De acordo com a CET-Rio, não foi detectada a presença de gás no bueiro. As circunstâncias da ocorrência ainda estão sendo investigadas.
A Concremat é responsável por vistoriar cerca de dez mil bueiros por mês até dezembro deste ano. Os serviços prestados pela companhia contratada em caráter emergencial -- isto é, sem processo de licitação -- vão custar mais de R$ 4 milhões aos cofres do governo municipal.
Durante o período de monitoramento, 12 equipes trabalham nos períodos diurno e noturno. A empresa fiscaliza diariamente cerca de 500 caixas de inspeção (CI) e 50 câmaras transformadoras (CT) com aparelhos de leitura direta para verificar a presença de gases inflamáveis e explosivos nos bueiros.
Além disso, as equipes técnicas realizam varreduras com o apoio de um termovisor para verificar a existência de temperaturas acima do recomendado nas instalações elétricas. Todo o trabalho de monitoramento das galerias subterrâneas de distribuição de energia da cidade conta com a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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