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Universitária brasileira morre em hospital de Portugal; família cobra explicação

Rayder Bragon

Especial para o UOL Notícias<br>Em Belo Horizonte

14/11/2011 20h02Atualizada em 14/11/2011 20h36

Uma estudante universitária brasileira de 22 anos que fazia intercâmbio em Portugal morreu neste domingo (13) em um hospital da cidade de Braga. Ela havia sido internada no último sábado.

Segundo a família da mineira Thaís Caroline Gonçalves, a jovem, que cursava relações internacionais na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Franca, retornaria ao Brasil ontem, após 9 meses de permanência no país europeu, como estudante da Universidade do Minho.

Uma prima da estudante que mora em Ouro Fino, sul de Minas Gerais, contou que familiares foram contatados, ainda no sábado, por um funcionário do hospital dando conta de que a jovem havia sido internada. O motivo da internação não foi informado.

“Disseram apenas a uma prima minha que ela estava muito agitada, mas que o estado de saúde dela era bom. Essa prima ligou mais tarde para o hospital e foi informada que ela estava bem e teria alta no outro dia”, afirmou Maria Aparecida Gonçalves Pereira.

No entanto, ainda segundo Maria Aparecida, a família foi surpreendida no domingo com a notícia da morte da universitária em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. “Ela estava superfeliz. E todo o mundo estava esperando ela aqui. Até iríamos fazer uma festa surpresa para ela. Nós e a cidade ficamos arrasados.”

A mãe da universitária, que é diretora de uma escola estadual em Ouro Fino, deve embarcar ainda nesta segunda-feira (14) para Portugal para obter informações sobre o que aconteceu com sua filha única. A assessoria de imprensa da Unesp afirmou que instituição foi informada ontem sobre a morte da estudante e que disse que vai custear a passagem da mãe da universitária e sua estada em Portugal. Um professor da instituição deverá acompanhá-la durante a viagem.

“Para a família foi um baque. Ninguém se conforma porque ela era muito saudável. (A morte dela) é um mistério para nós, já que fomos informados que ela estava bem e, de uma hora para outra, ela morre. Nós exigimos uma explicação sobre o que aconteceu”, disse a prima Maria Aparecida.

O Ministério das Relações Exteriores em Brasília informou que o consulado em Portugal ainda não informou ao órgão, no Brasil, ter sido acionado por familiares da estudante.