Corpo de estudante brasileira morta em Portugal deve ser submetido a autópsia até amanhã; família espera liberação ainda esta semana
A mãe da estudante brasileira que morreu depois de ser internada em um hospital em Portugal autorizou a autópsia do corpo nesta quarta-feira (16). O procedimento deverá ser realizado entre hoje e amanhã.
A expectativa da família é que o corpo de Thaís Caroline Gonçalves, 22 anos, seja trasladado para o Brasil ainda esta semana. No entanto, a instituição de ensino responsável pelo intercâmbio que levou a estudante a passar nove meses na Europa diz que há a possibilidade de o corpo ser liberado apenas na semana que vem.
Na segunda-feira, Maria Vitória Gonçalves viajou para Portugal em busca de detalhes sobre a morte de sua filha única. O Ministério das Relações Exteriores informou que o consulado brasileiro que fica na cidade do Porto, está prestando apoio à mãe da estudante, mas disse ainda não ter uma posição oficial sobre o traslado do corpo da jovem.
Thaís estudava Relações Internacionais na Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Franca. Desde fevereiro passado, ela fazia um intercâmbio na Universidade do Minho, em Braga, Portugal, e voltaria para o Brasil no último domingo. Ela encontraria a família na cidade de Ouro Fino, no sul de Minas Gerais.
Em nota, a assessoria de imprensa da Unesp afirmou que a instituição está “prestando todo apoio pessoal, psicológico e logístico à permanência dela naquele país”, em relação à mãe da jovem.
O caso
Segundo familiares, a jovem foi internada no sábado, mas o motivo da internação é desconhecido. “Disseram apenas a uma prima minha que ela estava muito agitada, mas que o estado de saúde dela era bom. Essa prima ligou mais tarde para o hospital e foi informada que ela estava bem e teria alta no outro dia”, contou Maria Aparecida Gonçalves Pereira, prima de Thaís que mora em Minas Gerais.
Ainda segundo Maria Aparecida, a família foi surpreendida no domingo com a notícia da morte da universitária em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. “Para a família foi um baque. Ninguém se conforma porque ela era muito saudável. É um mistério para nós, já que fomos informados que ela estava bem e, de uma hora para outra, ela morre. Nós exigimos uma explicação sobre o que aconteceu”.
A prima afirma ainda que Thaís não tinha histórico de alergia a medicamentos nem era depressiva – problema que chegou a ser atribuído a jovem mineira, com base em comentários de amigos mineiros da estudante.
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