Idosa que vivia presa pela filha entre sujeira e gatos é libertada no Rio Grande do Sul
Agentes da Polícia Civil libertaram uma mulher de 90 anos que vivia enclausurada e em péssimas condições de higiene em um apartamento no bairro Restinga, na zona sul de Porto Alegre.
A idosa, que possui dificuldade de locomoção e é auxiliada por uma cadeira de rodas, era mantida dentro de casa pela filha de 61 anos. Segundo vizinhos, e mulher raramente parava em casa e, quando saída, deixava a mãe trancada.
Ao entrarem no apartamento na manhã desta quarta-feira (16), os agentes se depararam com um quadro surreal: no meio da sala, a idosa estava sentada na cadeira de rodas e cercada por duas dezenas de gatos. Fezes, urina e moscas completavam o cenário.
“Em 30 anos de polícia, eu nunca tinha presenciado tamanho horror”, disse a titular da delegacia de Proteção para o Idoso, Áurea Regina Hoeppe.
O apartamento não tinha água nem luz elétrica. O banheiro e a cozinha estavam inacessíveis. Conforme a policial, os agentes não encontraram alimentos no apartamento. “Não sei se ela não comia comida de gato, porque era só o que tinha no local.”
A idosa tem a pele muito branca, suspeita de que seja por falta de sol. A filha foi presa em flagrante por cárcere privado. A partir do laudo da perícia, se saberá se será configurado também mau trato.
As mulheres viviam com três pensões, uma da filha e duas da mãe. Uma terceira mulher foi contatada pela polícia e deve prestar depoimento nas próximas horas. É a outra filha, que vive na zona norte de Porto Alegre. “Bem de vida”, como tipifica a delegada, a mulher teria denunciado o quadro da mãe ao Ministério Público.
A idosa foi encaminhada a uma clínica geriátrica, enquanto a filha, à Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre.
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