Com militares em greve, aeroportos do Maranhão operam com apoio do Exército
Aliny Gama
Do UOL Notícias, em Maceió
30/11/2011 16h30
A greve dos policiais e bombeiros militares no Maranhão chegou ao oitavo dia nesta quarta-feira (30) e atingiu diretamente os serviços nos aeroportos de São Luís e de Imperatriz.
Para não afetar o funcionamento dos voos que saem ou chegam das duas cidades, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) elaborou um plano de contingência. A ação conta com ajuda de brigadistas (funcionários que têm o curso contra incêndio e incidentes aeroportuários) da própria empresa, da FAB (Força Aérea Brasileira), além de bombeiros militares convocados de outros Estados.
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A greve continua sem entendimento entre as entidades de classe e o governo do Estado.
O acesso aos aeroportos Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís, e Prefeito Renato Moreira, em Imperatriz, estão sendo controlados por homens do Exército.
Eles montaram barreiras para fiscalizar a entrada e saída de pessoas do local.
A medida foi tomada depois que a Infraero foi informada de que grevistas iriam fazer manifestações dentro dos aeroportos com intuito de chamar a atenção do governo do Estado sobre as reivindicações da categoria.
O Exército fará a segurança dos aeroportos até o final da greve dos militares do Maranhão.
Palácio e prefeitura cercados
Também por conta de informações repassadas às autoridades, militares do Exército ficaram de prontidão cercando os prédios do Palácio dos Leões, do governo do Estado, e da Prefeitura de São Luis devido às ameaças de invasão de grevistas, durante a tarde desta terça-feira (29).
Apesar do anúncio das manifestações, não ocorreu nenhuma tentativa de invasão nos prédios. Apenas o prédio da Assembleia Legislativa continua ocupado por lideranças do movimento grevista militar.
Foram usados alambrados para proteger os prédios e, segundo a assessoria de imprensa do governo, “a medida foi tomada para preservar o patrimônio público”.
O governo informou ainda que a Força Nacional de Segurança Pública continua trabalhando ostensivamente pelas ruas das principais cidades do Maranhão para garantir a segurança da população.
Homens do Exército, Marinha e Aeronáutica também trabalham no reforço da segurança. Ao todo, segundo o governo do Estado, são 1.300 homens que trabalham em conjunto no CCI (Centro de Comando e Controle Integrado), da Secretaria de Segurança Pública.
Policiais civis parados
Na noite de segunda-feira (28), policiais civis também entraram em greve. A categoria afirma que está mantendo dos 30% do efetivo em atividade, atendendo apenas os flagrantes e ocorrências mais importantes.