Acusada de matar dois em acidente no Réveillon, modelo é transferida sob escolta no Rio Grande do Sul
A modelo Tatieli da Silva Costa, acusada de causar o acidente que matou duas pessoas no litoral norte gaúcho no último domingo (1º), foi transferida sob forte escolta da polícia para outro hospital. A mulher e o suplente de vereador Paulo Afonso da Rosa Correa Júnior, ambos de 27 anos, tiveram a prisão preventiva negada pela Justiça após parecer favorável do Ministério Público.
Durante a remoção dos dois na madrugada desta terça-feira (3), familiares da bailarina Alaíde da Silva Linck, uma das vítimas do acidente, protestaram em frente ao Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, no litoral norte. Os acusados foram transferidos para o Hospital São Vicente de Paulo, em Osório (a 95 km de Porto Alegre), na mesma região, para receberem melhores cuidados devido aos traumas que sofreram no acidente.
Segundo inquérito da Polícia Civil, Tatieli conduzia o Vectra de Júnior no início da manhã de domingo quando passou para a pista contrária e bateu de frente com um Prisma, dirigido pela bailarina Alaíde. Atrás vinha um Corsa, conduzido pelo taxista Ivo Ferrazo, que se chocou na traseira do Prisma. Ferrazo também morreu no acidente. A tragédia ocorreu no km 330 da RS-389, em Xangri-Lá. Outras cinco pessoas ficaram feridas, mas passam bem.
Os médicos socorristas que atenderam os feridos constataram que Tatieli dirigia sob efeito de álcool. O delegado João Henrique Gomes, de Xangri-Lá, autuou a motorista e o proprietário do Vectra por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de produzir o dano. Em sua defesa, o suplente de vereador afirmou que entregou as chaves para a modelo por não ter condições de dirigir, e insistiu que desconhecia que ela não possuía habilitação.
Na tarde desta segunda-feira (2), o juiz Ademir Nozari, de Capão da Canoa, concedeu liberdade provisória à dupla. Conforme o magistrado, tanto a modelo quanto o empresário possuem residência fixa, não têm antecedentes criminais e não devem ficar presos sem que haja condenação. Entretanto, Tatieli, que mora em Portugal, não pode deixar o Brasil.
A promotora de Capão da Canoa, Caroline Gianlupi, afirmou que vai recorrer da decisão do juiz. A reportagem do UOL Notícias tentou contato com a defesa da modela, mas a advogada disse que atenderá a imprensa "quando puder".
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