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Laudo confirma que dona de casa foi morta em Mairiporã (SP) com corte no pescoço

Segundo a necropsia, Geralda Lucia Ferraz Guabiraba foi morta com corte no pescoço em Mairiporã (SP) - Acervo Pessoal/Reprodução/Facebook
Segundo a necropsia, Geralda Lucia Ferraz Guabiraba foi morta com corte no pescoço em Mairiporã (SP) Imagem: Acervo Pessoal/Reprodução/Facebook

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

23/01/2012 18h50

A Polícia Civil de Mairiporã (Grande São Paulo) recebeu nesta segunda-feira (23) o laudo do exame de necropsia que confirmou um corte no pescoço como a causa da morte da aposentada Geralda Guabiraba, 54, na madrugada do último dia 14.

O corpo da dona de casa, que morava em São Paulo, foi encontrado desfigurado no local conhecido como Pedra da Macumba, na estrada de Santa Inês, no município serrano. A área é usada em rituais religiosos.

Para a polícia, Geralda pode ter sido vítima de vingança ou, mais provavelmente, segundo a delegada-chefe de Mairiporã, Claudia Patrícia Dalvia, de um ritual de magia negra. Geralda era mulher de José Pereira Guabiraba, um dos diretores comerciais do Grupo Estado.

Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), 21 pessoas já foram ouvidas no inquérito, entre amigos e familiares da vítima, além de funcionários do prédio em que ela morava. Ainda de acordo com a secretaria, não há previsão de quando será finalizada a perícia no computador que era usado por Geralda e também em objetos e substâncias encontrados no carro que ela usou para sair de casa, por volta de 1h de sábado.

Pesquisa na internet sobre veneno

Na sexta (20), em coletiva, a delegada disse que uma análise preliminar do computador apontou registros de pesquisa sobre veneno do tipo chumbinho. Ela não especificou, contudo, se há relação entre os sites pesquisados e a morte da dona de casa, nem se foi Geralda quem os acessou.

Em depoimento, amigos da dona de casa disseram que ela fez tratamento psiquiátrico por um “longo tempo”, mas parou de tomar medicamentos há cerca de dois meses. A delegada afirma que pretende ouvir até o fim deste mês, ou em fevereiro, o psiquiatra da vítima. Ele está viajando.

“As hipóteses mais fortes são de vingança ou magia negra, mas há, sim, indicativo de que a vítima saiu de casa à 1h sem intenção de voltar”, afirmou a delegada, que descartou, por outro lado, que Geralda fosse adepta de magia negra. “Ela pode, por algum motivo que ainda não sabemos, é ter confiado nas pessoas erradas.”

Conforme a policial, amigos e familiares apontaram “um mesmo tipo de pessoa” nos depoimentos: “Recatada, muito católica, que sempre que podia ajudava na igreja. Mas temos mais amigos dela para ouvir, e creio mesmo que este é um caso que depende mais dos depoimentos que da perícia”, disse a delegada, na sexta.

Carro dirigido por um homem

Um dos casos que chamaram atenção nos depoimentos, disse a policial, foi a de um comerciante que disse ter visto o carro da vítima passar em alta velocidade, próximo ao horário em que ela saiu de casa, mas com um rapaz "pardo e forte" ao volante. Ainda não há pistas sobre o sujeito.