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Empresário suspeito de matar andarilho e ferir dois se apresenta à polícia em Minas Gerais

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

07/02/2012 16h24

 

O empresário Leandro Pessoa Duarte, 30, suspeito de ter matado a tiros em janeiro deste ano um andarilho e ferido outros dois que pediam comida em restaurante de sua família, em Itabira (108 km de Belo Horizonte), apresentou-se nesta segunda-feira (5) a uma delegacia da Polícia Civil em Barão de Cocais (93 km de Belo Horizonte).

O homem estava acompanhado do advogado Marcelo Leonardo, que também defende o publicitário Marcos Valério, acusado de ser o operador de esquema que ficou conhecido como “mensalão”.

Como a Justiça de Minas Gerais havia expedido um mandado de prisão temporária contra ele, o empresário foi detido e levado ao presídio da cidade mineira, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Procurado pelo UOL, o advogado do suspeito disse apenas que o cliente não tinha “nada a declarar” nesta fase das investigações. Leonardo afirmou ainda que não pretende ingressar, por enquanto, com pedido de liberdade para o cliente. 

Crime

De acordo com a polícia, o crime ocorreu na noite de 22 de janeiro, um domingo, quando Duarte teria se irritado com a presença do trio no local pedindo comida e dinheiro aos clientes.

Segundo a investigação, munido de uma espingarda calibre 12 o suspeito localizou as vítimas em um abrigo de ônibus, onde pretendiam passar a noite nas proximidades do seu estabelecimento comercial, e abriu fogo contras elas.

Um dos andarilhos foi atingido no peito e morreu no local. Os outros dois tentaram escapar, mas também foram alvejados. Testemunhas chamaram a polícia e o socorro aos feridos.

Eles foram levados ao pronto-socorro de Itabira por equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e por unidade do Corpo de Bombeiros. A dupla sobrevivente não apresentou risco de morrer, conforme relatou a polícia.

Desde então, o empresário, que havia fugido em uma caminhonete, não havia sido mais visto no local. O delegado Paulo Tavares, responsável pelo inquérito, revelou já existirem duas passagens de Duarte pela polícia por tentativa de homicídio.