TJSC decreta prisão de Zé Trovão por dívida de pensão alimentícia; ele nega
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina decretou a prisão do deputado federal Zé Trovão (PL-SC) por dívidas de pensão alimentícia. A decisão foi proferida na sexta-feira (28), mas a defesa do parlamentar alega que houve "erro de cálculo".
O que aconteceu
Apesar de ter sido decretado, o mandado de prisão em desfavor de Zé Trovão não chegou a ser emitido pela comarca de Joinville. A defesa da ex-esposa do deputado que cobra na Justiça o pagamento da pensão deve atualizar o valor da dívida em até cinco dias.
Defesa alega "erro de cálculo". Atualmente, Zé Trovão paga o valor de R$ 5.625 ao filho, que é descontado direto de seu salário como deputado, segundo o próprio parlamentar.
Equívoco da Câmara dos Deputados, diz defesa. Conforme o advogado dele, Fábio Daüm, a Câmara errou ao descontar parte do salário do político, porque o desconto automático estava com déficit, o que deu diferença no valor recebido pela mãe da criança. Por esse motivo, a mulher solicitou à Justiça, em abril deste ano, a reparação do valor.
O UOL entrou em contato com a Câmara dos Deputados e com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, mas não obteve retorno. A reportagem não conseguiu localizar a defesa da ex-esposa de Zé Trovão. Em ambos os casos, o espaço segue aberto para manifestação.
O que disse o deputado
"Não existe dívida alguma deste parlamentar", declarou Zé Trovão. "Porque, se o juiz determinou que houvesse algum tipo de aumento, comunica à Câmara dos Deputados que desconta a pensão alimentícia do meu filho todo mês", declarou.
Zé Trovão disse ter sido "surpreendido" pela notícia de que foi decretada sua prisão e chamou as notícias de "tendenciosas e equivocadas". Em vídeo no Instagram, o parlamentar afirmou que, se houve erro, foi por parte da Câmara ou da Justiça catarinense.
Deputado criticou sua ex-esposa e sugeriu, sem provas, que a mulher "que se beneficia" da pensão, não a criança. Trovão também afirmou que, além do R$ 5,6 mil da pensão, ele paga, por fora, cerca de R$ 4 mil com o aluguel do apartamento em que sua ex-mulher mora com o filho. "Não devo, não serei preso. Se tiver que pagar algo a mais, que seja feito da maneira certa", completou.
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