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Mizael Bispo se entrega após mais de um ano foragido; "ele cansou", diz advogado

Guilherme Balza

Do UOL, em São Paulo

24/02/2012 19h31

Foragido há mais de um ano, o advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, acusado pela morte da advogada Mércia Nakashima, se entregou na tarde desta sexta-feira (24) no Fórum de Guarulhos, segundo o seu advogado, Samir Haddad Júnior. “Ele cansou [de estar foragido]. Agora vamos brigar na Justiça”, afirmou o advogado.

O policial aposentado teve a prisão decretada em dezembro de 2010, pelo juiz da Vara do Júri de Guarulhos, Leandro Jorge Bittencourt Cano, e permaneceu foragido desde então. Nesse período, a defesa do acusado fez vários pedidos de habeas corpus, mas todos foram rejeitados –o último pelo STF (Supremo Tribunal Federal), na sexta-feira passada (17).

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Uma semana antes, os advogados de Mizael protocolaram no STF pedido para que o processo seja transferido da Comarca de Guarulhos --onde atualmente está e cidade em que as vítimas residiam-- para Nazaré Paulista, local em que Mércia foi morta.

A decisão de se entregar, segundo Haddad Júnior, já era planejada. “Agora que o caso está no STF, onde queríamos, ele pôde se entregar. A gente já havia dito e planejado isso”, afirma.

Um ano após a morte de Mércia, em maio de 2011, Haddad Junior, havia dito à reportagem do UOL que seu cliente só iria se entregar se for condenado em definitivo, ou seja, quando não houvesse mais possibilidades de recurso. Na ocasião, o advogado afirmou que a prisão mancharia a carreira de Mizael. “Ele é advogado. A repercussão da prisão seria fatal. Arruinaria para sempre a carreira dele”, disse.

Entenda o caso

Depois de desaparecer em 23 de maio de 2010 da casa dos avós em Guarulhos, Mércia foi achada morta em 11 de junho em uma represa em Nazaré Paulista. O veículo onde ela estava havia sido localizado submerso um dia antes. Segundo a perícia, a advogada foi agredida, baleada, desmaiou e morreu afogada dentro do próprio carro no mesmo dia em que sumiu. Ela não sabia nadar.

Para o Ministério Público, Mizael matou a ex-namorada por ciúmes e o vigilante o ajudou na fuga. Evandro, que chegou a acusar o comparsa e dizer que o ajudou a fugir, recuou e falou que mentiu e confessou um crime do qual não participou porque terua sido torturado.

Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Segundo o Ministério Público, ele matou a advogada por ciúmes, já que não aceitava o fim do relacionamento.

Já o vigia Evandro teria ajudado o advogado a cometer o assassinato. Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (emprego de meio insidioso ou cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.

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