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Escorpiões e aranhas enviados da Alemanha são apreendidos no interior do Rio Grande do Sul

Escorpião apreendido pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) no interior do Rio Grande do Sul - Divulgação/Ibama
Escorpião apreendido pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) no interior do Rio Grande do Sul Imagem: Divulgação/Ibama

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

20/04/2012 18h42

Uma encomenda de aranhas e escorpiões vindos da Alemanha foi interceptada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), no interior do Rio Grande do Sul.

A caixa com os animais foi descoberta no final da tarde de quinta-feira (19) por um aparelho de raio-X. O caso ocorreu em uma agência dos Correios de Passo Fundo (280 quilômetros de Porto Alegre), no norte do Estado.

Dentro, estavam acondicionado em recipientes menores oito escorpiões imperador --uma das maiores espécies do mundo, que alcança até 23 centímetros de comprimento--, e três aranhas caranguejeiras. Dois escorpiões e uma aranha já estavam sem vida.

Fiscais do Ibama foram acionados por funcionários dos Correios e abordaram o receptor da caixa no momento da entrega. Ele afirmou que o destinatário da encomenda era um amigo que estava viajando, e não soube explicar o porquê dos animais.

O homem foi autuado e obrigado a pagar multa de R$ 4.200 por introduzir espécies exóticas no país sem parecer técnico nem autorização do órgão oficial, o que pode ser classificado como biopirataria. Além disso, o caso foi remetido ao Ministério Público para apuração de crime ambiental.

“Colocamos os animais em terrários com mais luz e ventilação. Depois, os encaminhamos à superintendência do Ibama, em Porto Alegre, para uma avaliação mais criteriosa, antes de eles serem encaminhados para um criador responsável”, afirmou o agente ambiental federal Dalzir Navarine.

Os escorpiões e as aranhas foram postados na cidade alemã de Wenden, em 26 de março. As caixas menores de plástico onde eles viajaram estavam cobertas por guardanapos umedecidos, e a inscrição “toys” (brinquedos, em inglês).

Segundo o chefe do núcleo de fauna do Ibama no Rio Grande do Sul, Paulo Wagner, este tipo de comércio ilegal tem como finalidade utilizar esses animais como bichos de estimação.