Médica que colou olho de criança é indiciada pela polícia do Rio e pode pegar até um ano de prisão
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou, nesta segunda-feira (16), o indiciamento da médica Rachel Barbedo Pedrosa, que utilizou uma cola cirúrgica para fechar um corte no supercílio do menino Bruno Lima Furtado, de um ano e sete meses --o produto acabou caindo no olho da criança. O menino já está em casa e se recupera normalmente.
O caso ocorreu no início deste mês no hospital Rios D'Or, na Freguesia, na zona oeste da cidade. Pedrosa está sendo investigada em inquérito conduzido pela delegacia do Tanque (41º DP), sub-bairro de Jacarepaguá, e pode receber uma punição de três meses a um ano de prisão caso seja condenada.
Segundo o laudo de corpo de delito do Instituto Médico-Legal (IML), houve lesão corporal em razão do procedimento adotado, porém ainda não é possível concluir se o menino terá de conviver com sequelas.
Como o indiciamento é fundamentado no trabalho pericial, a polícia solicitou um exame mais detalhado, que apontará se houve ou não dano permanente --o laudo ficará pronto em até 30 dias.
Em depoimento prestado à polícia na última quarta-feira (11), a cirurgiã afirmou que a cola escorreu para o olho do menino porque este teria passado a mão na região do ferimento quando o produto foi aplicado.
Pedrosa tentou se justificar dizendo que o local da lesão foi lavado posteriormente ao incidente, e que, segundo a sua avaliação, não havia danos ao globo ocular. Porém, ela não negou o fato de que a parte externa da pálpebra já aparentava estar colada, o que teria levado a médica a telefonar para o oftalmologista do hospital.
De acordo com o depoimento da cirurgiã, o colega não reprovou as circunstâncias do atendimento, e examinou Bruno no dia seguinte para checar se o menino apresentava algum dano provocado especificamente pela cola cirúrgica.
O oftalmologista, que também prestou depoimento aos investigadores da 41ª DP, confirmou a versão à polícia, e disse que o fato de o produto ter escorrido não comprometeria a recuperação da criança. No total, a Polícia Civil já ouviu pelo menos sete pessoas desde o início das investigações.
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