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Quatro da mesma família são mortos a tiros em Salto (SP): suspeito é ex-namorado de uma das vítimas

Salto está a 101 km de São Paulo - Arte/UOL
Salto está a 101 km de São Paulo Imagem: Arte/UOL

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas

06/08/2012 12h06

Quatro pessoas da mesma família foram mortas a tiros no último sábado (4) em Salto (105 km de São Paulo). De acordo com informações da Polícia Militar, o principal suspeito é o ex-namorado de uma das vítimas, que não teria aceitado o fim do relacionamento.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a primeira morte aconteceu por volta de 1h30 da madrugada de sábado. O suspeito foi até a casa do ex-cunhado, de 22 anos, e atirou enquanto a vítima dormia, ao lado da mulher. O atirador saiu da residência sem feri-la.

Em seguida, ele se dirigiu à casa da ex-namorada, em um outro bairro da cidade, entrou nos quartos e atirou nela, na mãe e no padrasto. Os policiais chegaram aos locais dos crimes após denúncias de vizinhos que ouviram os disparos.

De acordo com um policial militar que não quis ser identificado, o suspeito é usuário de drogas e vinha ameaçando a ex-namorada desde o fim do relacionamento. Ele dizia para parentes e amigos que não queria a separação.

Com medo, há algum tempo, a mulher procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e registrou boletim de ocorrência por ameaça. Ela conseguiu, por meio da Lei Maria da Penha, uma medida para manter o ex-namorado afastado. No entanto, as ameaças continuaram.

IML de Sorocaba

O suspeito está foragido, e o caso será investigado pela Polícia Civil. Os quatro corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba (99 km de São Paulo). O crime foi registrado pelo delegado da Polícia Civil Luciano Carneiro de Paiva.

Na manhã desta segunda-feira (6), o caso foi encaminhado para a Delegacia Central de Salto e deve ser investigado pelo delegado Moacir Rodrigues de Mendonça, que não foi encontrado pela reportagem do UOL.

A polícia não revelou os nomes das vítimas, tampouco do suspeito. Até as 11h45, a Secretaria de Segurança Pública do Estado não tinha informações sobre o caso.