Promotor diz que pode pedir acareação entre ex-caseiro e ex-motorista de Bruno
O promotor de justiça Henry Wagner de Castro, que atua na acusação no julgamento do ex-goleiro Bruno Fernandes e outras cinco pessoas que teriam envolvimento com o sumiço e morte da ex-namorada de Bruno Eliza Samudio, deverá pedir, no segundo dia do júri popular, nesta terça-feira (20), uma acareação entre João Batista, ex-caseiro da chácara de Bruno, e o ex-motorista do goleiro Cleiton Gonçalves, que deu seu testemunho nesta segunda-feira (19), durante o julgamento, que ocorre em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).
Segundo Castro, Cleiton está retido em um hotel da cidade e, caso haja necessidade, será pedida a acareação à juiza. "Existe a possibilidade de nos fazermos a acareação. Cleiton e a testemunha [João Batista]. No primeiro depoimento de João Batista [primeira testemunha que será inquerida nesta terça-feira], dependendo do que ele falar, teremos de fazer uma acareação entre os dois", disse.
O promotor explicou que este depoimento de João Batista é importante porque nele Cleiton relatou que durante um jogo de futebol, no sítio do jogador, em 8 de junho de 2010, o ex-motorista teria ficado sabendo da presença de Eliza Samudio no sítio.
"Durante um jogo de futebol, no sítio do goleiro, Cleiton teria se dirigido para se banhar na sede do imóvel e Bruno o impediu. Indagado sobre o motivo, Cleiton foi alertado por Bruno que Eliza se encontrava no local e que ele não deveria entrar", disse o promotor.
Castro disse ainda que, após isso, Cleiton teria alertado Bruno para que ele a liberasse e não a matasse.
"No primeiro depoimento, Cleiton disse que a confusão já estava feita e que teria feito alertas ao Bruno. O goleiro, portanto, teria de resolver aquilo. Esse primeiro depoimento teria sido tomado com algum constrangimento. Prevendo isso, arrolamos uma testemunha [João Batista] do depoimento do Cleiton para confirmar que o testemunho foi tomado sem constrangimento algum", disse.
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