Cerca de mil motoboys fazem protesto em São Paulo contra prazo para adequação às novas regras
Camila Maciel
Da Agência Brasil, em São Paulo
01/02/2013 12h16
Cerca de mil motoboys fazem uma carreata na manhã desta sexta-feira (1°) pelas ruas de São Paulo em protesto contra o fim do prazo para adequação às novas regras de segurança, que passam a vigorar a partir de amanhã (2).
Eles querem a prorrogação do período para o cumprimento das medidas de segurança editadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Conatran).
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O cortejo de motos teve início na avenida dos Bandeirantes, na zona sul, por volta de 11h, e seguia para a avenida Paulista.
Caso o prazo não seja revisto, os trabalhadores prometem paralisar o serviço de entrega no Estado.
Só na capital são cerca de 200 mil profissionais, de acordo com o Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimotos). No Estado, são 500 mil.
“O Denatran [Departamento Nacional de Trânsito] precisava fazer um levantamento do cenário nacional [de adequação às novas normas]. Tem cidade que nem conhece as regras. São Paulo tem o melhor quadro, apesar de toda a deficiência”, afirmou Gilberto Almeida Gil, presidente do sindicato.
Gil disse que 32 mil trabalhadores no Estado fizeram o curso especializado para motofretistas e mototaxistas. “Esse é o primeiro passo para a regulamentação”, declarou.
A principal dificuldade para adequação às normas, na avaliação do sindicalista, é o pequeno número de vagas nas instituições credenciadas a prestarem o curso.
“Eram 24 e credenciaram mais 17, mas ainda assim não é suficiente. Além disso, o curso é pago. Tem motoboy que tem dificuldade de pagar R$ 200”, declarou. A nova regra exige ainda a instalação de equipamentos de segurança.
O motociclista que descumprir as regras estará sujeito às penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro, que pode chegar à multa de R$ 191,54, apreensão da motocicleta e até suspensão da carteira de habilitação, dependendo da infração.