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Governador de SC e ministro da Justiça se reúnem para discutir combate a ataques no Estado

Aline Leal

Da Agência Brasil, em Brasília

06/02/2013 19h55

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, se reuniu nesta quarta-feira (6) em Brasília com o Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, para discutirem ações de combate aos ataques que tem acontecido no estado desde 30 de janeiro. Eles anunciaram um aprofundamento do trabalho dos órgãos de inteligência para uma avaliação dos ataques.

Diferentemente do que havia sido divulgado antes, o governador disse que aconteceram 32 ataques, sendo o último registrado nesta quarta-feira (6). “A maioria [dos que foram contabilizados antes] não dizem respeito a essas ondas”. Foi divulgado anteriormente 60 ataques registrados. De acordo com o governador, 32 pessoas foram presas por relação com a onda de ataques.

Colombo disse que Santa Catarina é um dos estados mais seguros do Brasil e que esta onda de ataques é uma retaliação ao rigor com o qual o estado trata os criminosos. “A principal causa [dos ataques] é a ação firme do governo no combate ao crime, mas evidentemente que qualquer excesso dentro dos presídios causa constrangimento e reação”, disse Colombo.

Os excessos aos quais o governador se referiu são episódios de violência que aconteceram na Penitenciária Regional de Joinville. Imagens do circuito interno do presídio, divulgadas pela imprensa no último dia 2, mostram que os agentes utilizaram balas de borracha e gás de pimenta contra os detentos que estavam em situação de controle. Segundo o governador, oito agentes foram presos em decorrência do episódio.

No encontro ficou acordado que vai haver uma reunião técnica entre o Ministério da Justiça e  profissionais de Santa Catarina para que possam avaliar a necessidade de mandar efetivos da Segurança Nacional para o estado e a necessidade de transferir presos que estejam envolvidos diretamente com os atentados para presídios federais de segurança máxima. Na ocasião também deve ser traçado um plano de enfrentamento à violência e ao crime organizado.

Cardozo deixou a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal a disposição do Estado e disse que caso exista a necessidade de transferência de presos relacionados aos ataques para presídios nacionais de segurança máxima, há muitas vagas disponíveis.