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Júri do caso Gil Rugai terá 5 homens e duas mulheres

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

18/02/2013 12h52

Cinco homens e duas mulheres decidirão se o ex-seminarista Gil Rugai, 29, é culpado ou inocente das acusações de assassinato do pai e da madastra, em São Paulo, em março de 2004. O sorteio do júri, fechado à imprensa, foi o primeiro passo do julgamento que começou nesta segunda-feira (18) por volta das das 13h, no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

"Não tem provas"

Ao chegar ao fórum, o réu afirmou que a acusação "não tem provas, tem algumas suspeitas". Segundo ele, "está difícil [ficar tranquilo]". Já sobre a estratégia da defesa, informou estar preparado e confiante de que "a defesa vai provar [minha inocencia]".

Entenda o caso

Segundo a acusação, o crime foi motivado pelo afastamento de Gil Rugai da empresa do pai, a Referência Filmes. O ex-seminarista estaria envolvido em um desfalque de R$ 100 mil e, por isso, teria sido demitido do departamento financeiro.

Durante as perícias do crime foram encontrados indícios que, segundo a acusação, apontam Gil Rugai como o autor do crime. Um deles foi o exame da marca de pé deixada pelo assassino numa porta ao tentar entrar na sala onde Luiz Carlos tentou se proteger.O IC (Instituto de Criminalística) realizou exames de ressonância magnética no pé de Rugai e constatou que havia lesões compatíveis com a marca na porta. Além disso, o laudo concluiu que havia na marca na porta e o tamanho do pé do réu.

Outra prova que será apresentada pela acusação foi uma arma encontrada, um ano e meio após o crime, no poço de armazenamento de água da chuva do prédio onde Gil Rugai tinha uma agência de publicidade.

O exame de balística confirmou que as nove cápsulas encontradas junto aos corpos do empresário e da mulher partiram dessa pistola.

O sócio de Rugai afirmou que ele mantinha uma arma idêntica em uma gaveta da agência de publicidade e que não a teria visto mais lá no dia seguinte aos assassinatos.

Gil Rugai chegou a ser preso duas vezes, mas foi solto por decisões da Justiça.